Notícia
Banco Nacional de Angola volta a desvalorizar kwanza
Desde o início da crise do valor do crude a nível internacional, a divisa angolana já perdeu cerca de metade do valor. A desvalorização desta segunda-feira ronda pouco mais de meio por cento.
21 de Março de 2016 às 11:19
O Banco Nacional de Angola (BNA) voltou a desvalorizar o kwanza face ao dólar norte-americano e ao euro, em pouco mais de meio por cento, numa semana em que vendeu divisas apenas em moeda europeia.
Desde o início da crise da cotação do barril de crude no mercado internacional, a moeda angolana já perdeu cerca de metade do valor, com o acentuar das dificuldades financeiras, económicas e cambiais decorrentes da quebra na entrada de divisas através da exportação de petróleo.
De acordo com um relatório semanal do banco central sobre a evolução dos mercados monetário e cambial, no período entre 14 e 18 de Março o BNA realizou um leilão para venda de divisas, pela quarta vez apenas em moeda europeia.
Estas vendas, em leilões de preços, foram de 130 milhões de euros em divisas e ficaram dependentes da percentagem de crédito que cada banco comercial disponibiliza.
O banco central refere que 90 milhões de euros serviram para a "cobertura de operações das empresas prestadoras de serviços ao sector petrolífero". Acrescem vendas de 40 milhões de euros em divisas para "suprir necessidades de despesas com carácter prioritário", nomeadamente a cobertura de operações relacionadas com ajuda familiar, saúde, educação, salários de expatriados, viagens e remessas de dinheiro.
A taxa de câmbio média de referência de venda do mercado cambial primário, apurada ao final da última semana, ficou-se nos 160,697 kwanzas por cada dólar e de 179,547 kwanzas por cada euro, uma desvalorização a rondar os 0,6% no espaço de uma semana.
Esta taxa de câmbio oficial estava inalterada há várias semanas.
A política cambial angolana passou a ser definida pelo novo governador do BNA, Valter Filipe Duarte da Silva, empossado no cargo a 07 de Março pelo Presidente da República, funções ocupadas desde Janeiro de 2015 pelo antigo ministro das Finanças, José Pedro de Morais Júnior, exonerado a seu pedido.
Antes do início da crise da cotação do petróleo, no verão de 2014, cada dólar valia cerca de 100 kwanzas.
Paralelamente, devido à escassez de divisas e limitações aos levantamentos de dólares impostos nos bancos, o mercado informal, de rua, transacciona a nota de um dólar norte-americano a mais de 300 kwanzas.
Persiste no país a forte redução da disponibilidade de moeda estrangeira no país, sendo o montante vendido aos bancos limitado às necessidades mais urgentes do sistema bancário e que obrigam a autorização do banco central.
A falta de divisas, em função da procura, continua a dificultar, por exemplo, as necessidades dos cidadãos que precisam de fazer transferências para o pagamento de serviços médicos ou de educação no exterior do país ou que viajam para o estrangeiro.
(notícia corrigida às 11:22 de dia 22 de Março, com alteração das denominações em dólar e kwanza)
Desde o início da crise da cotação do barril de crude no mercado internacional, a moeda angolana já perdeu cerca de metade do valor, com o acentuar das dificuldades financeiras, económicas e cambiais decorrentes da quebra na entrada de divisas através da exportação de petróleo.
Estas vendas, em leilões de preços, foram de 130 milhões de euros em divisas e ficaram dependentes da percentagem de crédito que cada banco comercial disponibiliza.
O banco central refere que 90 milhões de euros serviram para a "cobertura de operações das empresas prestadoras de serviços ao sector petrolífero". Acrescem vendas de 40 milhões de euros em divisas para "suprir necessidades de despesas com carácter prioritário", nomeadamente a cobertura de operações relacionadas com ajuda familiar, saúde, educação, salários de expatriados, viagens e remessas de dinheiro.
A taxa de câmbio média de referência de venda do mercado cambial primário, apurada ao final da última semana, ficou-se nos 160,697 kwanzas por cada dólar e de 179,547 kwanzas por cada euro, uma desvalorização a rondar os 0,6% no espaço de uma semana.
Esta taxa de câmbio oficial estava inalterada há várias semanas.
A política cambial angolana passou a ser definida pelo novo governador do BNA, Valter Filipe Duarte da Silva, empossado no cargo a 07 de Março pelo Presidente da República, funções ocupadas desde Janeiro de 2015 pelo antigo ministro das Finanças, José Pedro de Morais Júnior, exonerado a seu pedido.
Antes do início da crise da cotação do petróleo, no verão de 2014, cada dólar valia cerca de 100 kwanzas.
Paralelamente, devido à escassez de divisas e limitações aos levantamentos de dólares impostos nos bancos, o mercado informal, de rua, transacciona a nota de um dólar norte-americano a mais de 300 kwanzas.
Persiste no país a forte redução da disponibilidade de moeda estrangeira no país, sendo o montante vendido aos bancos limitado às necessidades mais urgentes do sistema bancário e que obrigam a autorização do banco central.
A falta de divisas, em função da procura, continua a dificultar, por exemplo, as necessidades dos cidadãos que precisam de fazer transferências para o pagamento de serviços médicos ou de educação no exterior do país ou que viajam para o estrangeiro.
(notícia corrigida às 11:22 de dia 22 de Março, com alteração das denominações em dólar e kwanza)