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Banco de Inglaterra mantém juros no mínimo de 0,25%

O Banco de Inglaterra manteve inalterada a taxa de juro de referência nos 0,25%. Dos oito membros do Comité de Política Monetária, cinco votaram pela manutenção e três eram favoráveis a uma subida. Foi o primeiro encontro após as eleições legislativas.

Mark Carney, governador do Banco de Inglaterra (BOE)
15 de Junho de 2017 às 12:31
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O Banco de Inglaterra manteve inalterada a taxa de juro de referência no mínimo de 0,25%, indo ao encontro das expectativas dos economistas, escreve o Financial Times. A decisão de manter a taxa de juro não foi consensual na reunião deste mês, dado que três membros do Comité de Política Monetária eram favoráveis a uma subida. Cinco votaram pela manutenção, escreve o The Guardian.

Em Maio, escreve o FT, o banco central esteve próximo de subir os juros, com os membros do Comité de Política Monetária a darem sinais crescentes de estarem preocupados com a inflação.


Este foi o primeiro encontro do banco central inglês após as eleições de 8 de Junho. Nas eleições, os Conservadores de Theresa May venceram mas perderam a maioria absoluta que tinham, estando agora a negociar com os Unionistas da Irlanda do Norte uma coligação.

As negociações ainda decorrem mas o Governo de May, de acordo com o The Telegraph, já fez saber que a abertura do Parlamento e discurso da Rainha vão decorrer na próxima quarta-feira, 21. Uma fonte de Downing Street disse à Sky News, citada pelo jornal, que "há um amplo consenso nos princípios" entre os dois partidos. "Não vamos deixar que as negociações travem o trabalho importante que o Governo tem de fazer agora".

Paul Hollingsworth, economista britânico da Capital Economics, num comentário enviado às redacções, assinala que "apesar de haver apenas três menções às eleições nas minutas, alguns membros vão certamente querer esperar para ver como é que a actual situação política vai ser resolvida e se a incerteza vai, ou não, ter impacto na economia".

Por isso, acrescenta: "estes factores sugerem que uma subida dos juros nos próximos meses continua a ser pouco provável". "Mas dado que a economia lidou relativamente bem com a incerteza política no passado recente, e com os sinais dados pelo Governo que pode aliviar a austeridade, a decisão de hoje e as minutas suportam a nossa perspectiva que a primeira subida das taxas de juros vai ser muito antes de Abril de 2020, data implícita no mercado antes do encontro", escreveu Paul Hollingsworth.



(Notícia actualizada com as declarações de Paul Hollingsworth às 12:41)

 

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