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Banco de Inglaterra admite reduzir estímulos nos próximos meses

A autoridade monetária manteve os juros no mínimo histórico de 0,25% e admitiu começar a reduzir os estímulos nos próximos meses se a economia evoluir com o previsto.

Mark Carney, governador do Banco de Inglaterra (BOE)
14 de Setembro de 2017 às 12:55
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Se a economia evoluir como o previsto, o Banco de Inglaterra poderá reduzir os estímulos à economia britânica já nos próximos meses, mostram as minutas da reunião de política monetária que decorreu esta quinta-feira, 14 de Setembro.

O banco central liderado por Mark Carney decidiu manter os juros no mínimo histórico de 0,25%, numa votação de 7-2, tal como previam os economistas consultados pela Bloomberg.

Dois membros do Comité de Política Monetária- Ian McCafferty e Michael Saunders – defenderam um aumento da taxa directora de 25 pontos base, que anularia o corte anunciado na sequência do referendo sobre o Brexit, em 2016.

De acordo com as actas, citadas pela agência noticiosa, a maioria dos membros do Comité concorda, porém, que, se a economia evoluir como se prevê, "alguma retirada dos estímulos poderá ser apropriada nos próximos meses" de forma a colocar a inflação próxima da meta.

Ainda que a decisão dos britânicos de deixar a União Europeia tenha penalizado as estimativas para o crescimento económico do país, a resultante queda da libra impulsionou a subida dos preços.

A recuperação da inflação é visível nos dados revelados esta terça-feira que mostram que, em Agosto, a taxa de inflação no Reino Unido subiu para 2,9%. Este valor compara com 1,5% na Zona Euro, de acordo com a primeira estimativa do Eurostat.

O Banco de Inglaterra antecipa que a inflação deverá ultrapassar os 3% no próximo mês e manter-se acima de 2% durante vários anos.

A autoridade monetária salienta ainda que o fraco crescimento dos salários está a penalizar as perspectivas relacionadas com os gastos dos consumidores, numa altura em que a incerteza sobre o Brexit está a "colocar um travão" no investimento das empresas.  Por este motivo, o Banco de Inglaterra – que antecipa um crescimento de 0,3% no terceiro trimestre – avisa que "há riscos consideráveis" para as estimativas.

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