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A uma semana da reunião do BCE, Coeure diz ser "vital" impulsionar o crescimento

O membro da comissão executiva do BCE defende que a Zona Euro precisa "urgentemente de mais crescimento" para reduzir o elevado desemprego, a desalavancagem da economia e estimular a subida dos preços.

Bloomberg
02 de Março de 2016 às 11:11
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Benoit Coeure, membro da comissão executiva do Banco Central Europeu (BCE), defendeu esta quarta-feira, 2 de Março, que é "vital" estimular o crescimento económico e impulsionar a inflação, deixando no ar a possibilidade de a autoridade monetária anunciar um reforço dos estímulos já na próxima semana, como o próprio presidente Mario Draghi admitiu em Janeiro.

"Enfrentamos incerteza quanto às perspectivas para a economia global, enfrentamos incerteza em relação ao rumo da Europa e à sua capacidade para resistir a novos choques - o referendo no Reino Unido, a próxima onda de migração", afirmou Coeure, num discurso em Frankfurt, citado pela Bloomberg. "A Zona Euro precisa urgentemente de mais crescimento para reduzir o elevado desemprego, a desalavancagem da economia e para impulsionar a inflação em direcção ao nosso objectivo de estabilidade dos preços".

Alguns especialistas têm demonstrado preocupação de que o BCE possa prejudicar o sector bancário, com um novo corte dos juros. Coeuré argumenta, porém, que os bancos devem aceitar taxas de juro muito baixas, já que a alternativa é um fraco crescimento económico.

"Temos visto, através da queda acentuada dos preços das acções dos bancos que o sector é altamente sensível a uma perspectiva económica mais fraca do que o esperado", notou o membro do BCE. "Nesse contexto, o nosso compromisso com o mandato de estabilidade dos preços é vital para ancorar as expectativas de crescimento nominal".

Além disso, reforçou Coeure, "aqueles que pedem uma política monetária menos acomodatícia devem perguntar-se qual seria o impacto no volume de empréstimos bancários e provisões para perdas com empréstimos se o crescimento estagnar e os preços caírem".

Na semana passada, o Eurostat revelou que a inflação na Zona Euro em Fevereiro deverá ter ficado nos -0,2%. O crescimento dos preços não ficou apenas longe dos cerca de 2% que o BCE traçou como meta, como voltou a um valor negativo, que é o mais baixo em um ano.  

A reunião do BCE decorrerá a 9 e 10 de Março em Frankfurt, podendo daí resultar a revisão do pacote de incentivos que incluem já taxas de juro de depósitos negativas e um programa de compra de activos de 1,5 biliões de euros. 

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