Notícia
Voto antecipado sobe nos EUA e aponta para maior participação do que em 2016
Até esta segunda-feira, já tinham votado antecipadamente mais de 63 milhões de americanos, 4 milhões acima do total de votos antecipados registados em 2016. Números indiciam um reforço de participação face às eleições presidenciais de há quatro anos.
A participação nas presidenciais americanas de 3 de novembro está a caminho de superar a registada nas eleições de 2016, isto apesar dos receios de que o medo de contágios pela covid-19 provocasse uma menor taxa de afluência às urnas.
De acordo com os dados apresentados no site US Elections Project, até ao final desta segunda-feira, e a precisamente uma semana das eleições, tinham já votado antecipadamente acima de 63 milhões de eleitores americanos. Este número supera em mais de 4 milhões o total de votos antecipados registados nas presidenciais que levaram o atual presidente Donald Trump à Casa Branca.
Mais, os dados indicam que em alguns estados o número de votos antecipados está mesmo a caminho de superar todos os votos registados há quatro anos. É esse, por exemplo, o caso do Texas, onde já votaram mais de 80% do total de eleitores, valor já muito próximo da taxa de afluência de 86,9% verificada em 2016.
Há duas modalidades de voto antecipado: Por correspondência e em urnas criadas para o efeito.
Sendo certo que o crescimento observado no recurso ao voto antecipado decorre dos apelos feitos em diversos estados nesse sentido para evitar riscos de propagação do coronavírus no dia das eleições.
Mas a grandeza dos números indica também que a eleição que opõe o republicano ao candidato democrata e ex-vice-presidente, Joe Biden, está a mobilizar os americanos.
Tanto democratas como republicanos têm promovido o recurso ao voto antecipado e feito campanhas de sensibilização para a importância da participação eleitoral. No entanto, o discurso de Trump é contraditório com esses esforços do Partido Republicano, já que o presidente dos EUA continua a alegar que está em curso uma massiva fraude eleitoral assente no voto por correspondência.
Por outro lado, a adesão ao voto antecipado acontece apesar de esforços de alguns responsáveis políticos. Recorrendo novamente ao exemplo do tradicionalmente conservador estado do Texas, o governador republicano Greg Abbott, como escreve o Financial Times, limitou a apenas uma secção de voto por circunscrição eleitoral o número de locais para votar antecipadamente de forma presencial.
Note-se que o próprio líder dos correios dos Estados Unidos, Louis DeJoy, um aliado de Trump e dos maiores angariadores de fundos para os republicanos, tem vindo a aplicar cortes no serviço postal que têm provocado enormes atrasos de entregas. O próprio Trump já cortou o financiamento ao serviço postal.
Quanto maior for a opção pelo voto antecipado, maior o período de tempo que poderá levar a determinar o vencedor das eleições. Isto porque a generalidade dos estados americanos, como por exemplo o decisivo estado da Pensilvânia, não vão iniciar a contagem dos votos antecipados antes do dia das eleições.
E uma vez que os números indicam maior mobilização do eleitorado democrata no recurso ao voto antecipado, quando, a 3 de novembro, começarem a ser contabilizados os votos em urna, Trump tenderá a ficar em vantagem sobre Biden. E assim poderá permanecer durante alguns dias.
Segundo a média de sondagens nacionais calculada pelo site FiveThirtyEight, Joe Biden (52,1%) lidera as intenções de voto com uma vantagem de nove pontos percentuais sobre Donald Trump (43,1%).
De acordo com os dados apresentados no site US Elections Project, até ao final desta segunda-feira, e a precisamente uma semana das eleições, tinham já votado antecipadamente acima de 63 milhões de eleitores americanos. Este número supera em mais de 4 milhões o total de votos antecipados registados nas presidenciais que levaram o atual presidente Donald Trump à Casa Branca.
Há duas modalidades de voto antecipado: Por correspondência e em urnas criadas para o efeito.
Sendo certo que o crescimento observado no recurso ao voto antecipado decorre dos apelos feitos em diversos estados nesse sentido para evitar riscos de propagação do coronavírus no dia das eleições.
Mas a grandeza dos números indica também que a eleição que opõe o republicano ao candidato democrata e ex-vice-presidente, Joe Biden, está a mobilizar os americanos.
Tanto democratas como republicanos têm promovido o recurso ao voto antecipado e feito campanhas de sensibilização para a importância da participação eleitoral. No entanto, o discurso de Trump é contraditório com esses esforços do Partido Republicano, já que o presidente dos EUA continua a alegar que está em curso uma massiva fraude eleitoral assente no voto por correspondência.
Por outro lado, a adesão ao voto antecipado acontece apesar de esforços de alguns responsáveis políticos. Recorrendo novamente ao exemplo do tradicionalmente conservador estado do Texas, o governador republicano Greg Abbott, como escreve o Financial Times, limitou a apenas uma secção de voto por circunscrição eleitoral o número de locais para votar antecipadamente de forma presencial.
Note-se que o próprio líder dos correios dos Estados Unidos, Louis DeJoy, um aliado de Trump e dos maiores angariadores de fundos para os republicanos, tem vindo a aplicar cortes no serviço postal que têm provocado enormes atrasos de entregas. O próprio Trump já cortou o financiamento ao serviço postal.
Quanto maior for a opção pelo voto antecipado, maior o período de tempo que poderá levar a determinar o vencedor das eleições. Isto porque a generalidade dos estados americanos, como por exemplo o decisivo estado da Pensilvânia, não vão iniciar a contagem dos votos antecipados antes do dia das eleições.
E uma vez que os números indicam maior mobilização do eleitorado democrata no recurso ao voto antecipado, quando, a 3 de novembro, começarem a ser contabilizados os votos em urna, Trump tenderá a ficar em vantagem sobre Biden. E assim poderá permanecer durante alguns dias.
Segundo a média de sondagens nacionais calculada pelo site FiveThirtyEight, Joe Biden (52,1%) lidera as intenções de voto com uma vantagem de nove pontos percentuais sobre Donald Trump (43,1%).