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Tunísia está em estado de emergência económica

A Tunísia está "em estado de emergência económica", com um crescimento débil e finanças públicas "em grande dificuldade", preveniu na quarta-feira um ministro tunisino, quando se aproxima uma conferência internacional de investidores na capital.

Bloomberg
29 de Setembro de 2016 às 00:34
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"A situação impõe que se comece a investir no país. Se a Tunísia está em estado de emergência contra o terrorismo é preciso que se perceba que está também em estado de emergência económica", disse o ministro do Investimento, Fadhel Abdelkéfi, durante uma reunião promovida pela câmara de comércio tunisino-britânica. "A situação macroeconómica do país é extremamente inquietante", acrescentou.

 

Abdelkéfi evocou um défice público "abissal", equivalente a 6,5% do Produto Interno Bruto (PIB), "e uma dívida (pública) de 63% (do PIB) que mais do que duplicou em cinco anos".

 

Ao mesmo tempo, revelou que o crescimento em 2016 vai ser inferior a 1,4%, longe dos 2,5% previstos.

 

O ministro deplorou, em particular, o forte crescimento, depois da revolução de 2011, da massa salarial na função pública, que passou, quantificou, "de seis mil milhões de dinares (2,5 mil milhões de euros) para 13 mil milhões".

 

Perante uma plateia de empresários, Fadhel Abdelkéfi exprimiu a determinação do novo Governo, que entrou em funções no início de Setembro. "Vamos procurar parar esta espiral destrutiva da Tunísia", adiantou.

 

Em entrevista difundida na noite de quarta-feira pela estação televisiva nacional, o primeiro-ministro, Youssef Chahed, anunciou que uma lei chamada de "urgência económica" vai permitir durante três anos "facilidades administrativas para projectos nacionais prioritários" que tiverem "uma grande capacidade" de criação de emprego, sobretudo no interior do país.

 

A Tunísia, que tem passado por uma instabilidade pós-revolucionária, está a contar com esta conferência de investidores, prevista para 29 e 30 de Novembro, para melhorar a sua atractividade.

 

Em 1 de Janeiro vai entrar em vigor um novo código de investimentos, alegadamente mais favorável ao investidor.

 

A Tunísia foi alvo de atentados terroristas sangrentos em 2015 e no início de 2016, que atingiram o seu sector turístico. O estado de emergência está em vigor desde há 10 meses e foi prolongado recentemente por mais 30 dias. 

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