Donald Trump está a processar o Deutsche Bank para impedir o banco alemão de cumprir com as intimações ("subpoenas") relacionadas com dados bancários. O banco norte-americano Capital One também está incluído.

A manobra jurídica acontece depois de ter sido reportado que o banco alemão tinha começado o processo de ceder os documentos relacionados com os empréstimos cedidos a Trump e aos seus negócios. 

"As intimações foram submetidas para perseguir o presidente Donald J. Trump, para inspecionar todos os aspetos das suas finanças pessoais, os seus negócios e a informação privada do presidente e da sua família", apontaram os advogados do líder norte-americano no processo entregue esta segunda-feira, 29 de abril, no tribunal de Manhattan, em Nova Iorque, alegando que o único objetivo desta intimação é "político" e não legislativo. 

Em reação, um porta-voz do Deutsche Bank assegurou que o banco "continua comprometido" a fornecer a informação pedida pelas investigações e que irá respeitar as ordens dos tribunais que estejam relacionadas com estas investigações. 

No Congresso norte-americano têm sido os democratas - que em janeiro conquistaram a maioria na câmara baixa - a liderar a investigação às finanças de Trump e a potencial lavagem de dinheiro ligada à Rússia. Em causa estão documentos pedidos a nove gigantes da banca. 

O Deutsche Bank é um desses bancos por ter vindo a público que emprestou recentemente 340 milhões de euros ao presidente norte-americano. Mas os financiamentos têm sido constantes numa relação que já tem duas décadas.

Segundo o The New York Times, desde 1998, o Deutsche Bank emprestou ou participou em créditos a Trump e às suas empresas num total de mais de 2,5 mil milhões de dólares (2.182 milhões de euros ao câmbio atual), fazendo do banco alemão o principal credor do presidente norte-americano.