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Tropas russas vão retirar-se da zona fronteiriça com a Ucrânia

Por ordem de Putin as forças militares estacionadas junto à Ucrânia terão de retornar às bases. Antes, o nomeado primeiro-ministro da auto-proclamada República de Donetsk insistiu na integração da região na Rússia.

Bloomberg
19 de Maio de 2014 às 13:10
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A ordem de retirada das forças militares estacionadas há várias semanas junto à fronteira leste da Ucrânia terá sido dada pelo próprio Presidente russo, Vladimir Putin. O anúncio foi feito esta segunda-feira pelo Kremlin, a menos de uma semana das eleições presidenciais ucranianas antecipadas para dia 25 de Maio.

 

O comunicado do Kremlin refere que "Putin ordenou ao ministro da Defesa a retirada das unidades militares que prosseguiam exercícios militares planeados nas regiões de Rostov, Belgorod e Briansk".

 

Para já a comunidade internacional permanece na expectativa, uma vez que há algumas semanas Moscovo já tinha anunciado a retirada progressiva das unidades militares estacionadas ao longo da fronteira com a Ucrânia. No entanto, de acordo com informações disponibilizadas pela NATO, nessa altura o número de efectivos militares mobilizados na fronteira permaneceu em torno dos 40 mil homens.

 

Sob a Rússia permanece a ameaça, por parte da comunidade internacional, de novas sanções económicas caso haja interferência do Kremlin nas presidenciais do próximo domingo. Esta decisão aparenta ser uma forma de Putin demonstrar que não pretende influenciar ou ingerir nas questões políticas ucranianas. Kiev enfrenta uma semana decisiva.

 

Há cerca de duas semanas Putin já tinha dado sinal de não pretender interferir quando solicitou publicamente que os rebeldes separatistas pró-russos não realizassem os referendos sobre a secessão das regiões orientais do país face às autoridades de Kiev.

 

Todavia tanto a região de Donetsk como a de Luhansk, no dia 11 deste mês votaram a favor da secessão e auto-proclamaram-se repúblicas independentes. Mas ao invés do que sucedeu com o pedido da região da Crimeia, a vontade, destas duas regiões, de integrar o território russo não obteve qualquer resposta oficial de Moscovo.

 

Outro sinal deixado por Putin, na mensagem desta segunda-feira, é o apoio dado às rondas negociais entre Kiev e elementos defensores da federalização do país, que não os rebeldes separatistas, e que o Presidente russo considera um passo no bom caminho. Putin insiste que Kiev não deve persistir com as acções militares designadas de "anti-terroristas" e dê preferência às conversações retomando, assim, o caminho previsto no acordo de Genebra assinado em Abril.

 

Donetsk insiste em integrar a Rússia

 

O russo Alexander Borodai, nomeado primeiro-ministro da auto-proclamada República Popular de Donetsk, repetiu este fim-de-semana, segundo escreve o "El País", a vontade desta região de fazer parte do território russo.

 

Até há poucos dias Borodai estava na região da Crimeia enquanto consultor para a anexação da península na Rússia. Permanece a dúvida sobre a forma como se irão processar as eleições deste domingo, especialmente em Donetsk e Luhansk. Uma sondagem levada a cabo pela "CNN" mostrava que o apoio, mesmo na zona leste do país, de aproximação à Rússia é bem menor do que aquilo que transparece dos resultados anunciados dos referendos de dia 11.

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