Notícia
Super-ricos escolhem Singapura como o local mais seguro do mundo
Quando o revendedor de automóveis Keith Oh, de Singapura, leu pela primeira vez a mensagem no Facebook, não tinha certeza se esta era real. Um cliente chinês pediu um Bentley de 1,1 milhão de dólares singapurianos (cerca de 680,63 mil euros) através de uma rede social.
29 de Maio de 2021 às 15:00
"Perguntou só o preço e quando é que poderíamos fazer a entrega", disse. "É o equivalente a um milhão de dólares para nós, mas provavelmente para ele não é nada."
A venda rápida foi mais um sinal de uma tendência mais ampla: o dinheiro circula por Singapura como nunca. Enquanto a pandemia de coronavírus atinge o sudeste da Ásia e a turbulência política ameaça Hong Kong, a cidade-estado tornou-se um porto seguro para alguns dos magnatas mais ricos da região e para as suas famílias.
Para os ricos "que podem decidir onde querem morar e estabelecer-se, Singapura é o lugar neste momento", disse Stephan Repkow, que fundou a Wealth Management Alliance em 2015, após quatro anos na Union Bancaire Privee. Repkow disse que dois dos seus clientes estrangeiros tornaram-se residentes nos últimos 12 meses e mais estão a caminho.
Singapura atrai há já muito tempo chineses, indonésios e malaios ricos que faziam pequenas viagens para fazer compras, jogar nos casinos ou fazer ‘check-ups’ médicos em clínicas de classe mundial. O Mount Elizabeth Hospital Orchard está a poucos passos de lojas da Gucci e da Rolex.
A pandemia mudou tudo isso, levando muitos magnatas e as suas famílias a ficarem na cidade-estado por meses, em alguns casos à procura de residência para enfrentar a tempestade. Numa base per capita, as taxas de mortalidade na Malásia e na Indonésia são mais de 10 a 30 vezes maiores do que em Singapura, de acordo com dados recolhidos pela Universidade Johns Hopkins.
O número de ‘family offices’ únicos na cidade-estado duplicou desde o final de 2019, para cerca de 400, incluindo empresas recentemente criadas pelo cofundador do Google, Sergey Brin, e Shu Ping, o bilionário por trás do império chinês Haidilao International. A procura por clubes de golfe privados está a crescer, os preços dos imóveis foram aqueles que mais subiram desde 2018 e, até às recentes restrições, os restaurantes com estrelas Michelin estavam cheios. Enquanto isso, bancos globais como o UBS expandem-se na cidade para administrar o fluxo de ativos.
O aumento de casos de coronavírus, que levou o Governo a adotar medidas de fronteiras mais rígidas e a cancelar eventos, como a reunião do Fórum Económico Mundial, pode interromper parte da migração de ricos para Singapura, mas é provável que tal tenha vida curta.
Embora os casos tenham aumentado para algumas dezenas por dia, estão muito longe das várias centenas de infecções diárias registadas apenas na cidade de Nova Iorque. Singapura também avança na vacinação, com a cobertura de 30% da população, quase o dobro da taxa na China e à frente das vizinhas Malásia e Indonésia.
A venda rápida foi mais um sinal de uma tendência mais ampla: o dinheiro circula por Singapura como nunca. Enquanto a pandemia de coronavírus atinge o sudeste da Ásia e a turbulência política ameaça Hong Kong, a cidade-estado tornou-se um porto seguro para alguns dos magnatas mais ricos da região e para as suas famílias.
Singapura atrai há já muito tempo chineses, indonésios e malaios ricos que faziam pequenas viagens para fazer compras, jogar nos casinos ou fazer ‘check-ups’ médicos em clínicas de classe mundial. O Mount Elizabeth Hospital Orchard está a poucos passos de lojas da Gucci e da Rolex.
A pandemia mudou tudo isso, levando muitos magnatas e as suas famílias a ficarem na cidade-estado por meses, em alguns casos à procura de residência para enfrentar a tempestade. Numa base per capita, as taxas de mortalidade na Malásia e na Indonésia são mais de 10 a 30 vezes maiores do que em Singapura, de acordo com dados recolhidos pela Universidade Johns Hopkins.
O número de ‘family offices’ únicos na cidade-estado duplicou desde o final de 2019, para cerca de 400, incluindo empresas recentemente criadas pelo cofundador do Google, Sergey Brin, e Shu Ping, o bilionário por trás do império chinês Haidilao International. A procura por clubes de golfe privados está a crescer, os preços dos imóveis foram aqueles que mais subiram desde 2018 e, até às recentes restrições, os restaurantes com estrelas Michelin estavam cheios. Enquanto isso, bancos globais como o UBS expandem-se na cidade para administrar o fluxo de ativos.
O aumento de casos de coronavírus, que levou o Governo a adotar medidas de fronteiras mais rígidas e a cancelar eventos, como a reunião do Fórum Económico Mundial, pode interromper parte da migração de ricos para Singapura, mas é provável que tal tenha vida curta.
Embora os casos tenham aumentado para algumas dezenas por dia, estão muito longe das várias centenas de infecções diárias registadas apenas na cidade de Nova Iorque. Singapura também avança na vacinação, com a cobertura de 30% da população, quase o dobro da taxa na China e à frente das vizinhas Malásia e Indonésia.