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Putin vai à China. É a primeira viagem ao estrangeiro desde mandado de captura

O Presidente da Rússia não sai do país desde que o colectivo de juízes do Tribunal Penal Internacional emitiu, em março, um mandado de captura. Agora, Vladimir Putin aceitou visitar a China em outubro.

Sputnik/Mikhail Tereshchenko/Kremlin via Reuters
29 de Agosto de 2023 às 14:49
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A intenção de visitar a China tinha sido anunciada em julho pelo conselheiro diplomático do Kremlin. Nessa altura, Iuri Ushakov indicou que Moscovo tinha recebido um convite e que havia a intenção de ir à China no âmbito do Fórum "Uma Faixa, Uma Rota", uma iniciativa chinesa de investimento global em infraestruturas, que decorre em outubro.

Esta terça-feira, a Bloomberg avança que o Presidente russo vai mesmo sair do país naquela que será a sua primeira viagem ao estrangeiro desde que o coletivo de juízes do Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, em março, um mandado de captura por alegados crimes de guerra na Ucrânia.

Putin falhou a reunião do G20 em novembro de 2022, na Indonésia, e mais recentemente esteve ausente da cimeira dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), em Joanesburgo. Ontem foi anunciado que o líder russo também vai faltar à próxima cimeira do G20 na Índia, no próximo mês, enviando o ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov.

Esta viagem também será a primeira de Putin à China desde o início da ofensiva militar na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022. Três semanas antes, o Presidente russo tinha estado em Pequim por ocasião dos Jogos Olímpicos de inverno.

Aliás, desde a invasão, Putin apenas viajou para países vizinhos que pertenciam à antiga União Soviética e ao Irão, que têm fornecido drones aos militares russos. A Bloomberg acrescenta que o Presidente russo apenas viaja para países onde há garantias de segurança e a China é um desses destinos.

A Rússia e a China mantêm relações próximas que foram reforçadas após o início da guerra na Ucrânia e os sucessivos pacotes de sanções ocidentais que atingem a economia russa. Pequim optou, por exemplo, por não condenar a invasão.
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