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Putin: russos foram os únicos que acreditaram na vitória de Donald Trump
O chefe de Estado da Rússia, Vladimir Putin, assinalou hoje que os russos foram os únicos que acreditaram na eleição de Donald Trump como Presidente dos Estados Unidos.
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"Ninguém, somente nós", os russos, acreditava que Donald Trump poderia ser eleito Presidente dos Estados Unidos, sublinhou Putin, no decorrer da sua habitual conferência de imprensa anual.
Putin sustentou que o ex-Presidente norte-americano Ronald Reagan "deveria ficar contente por ver que os representantes do seu partido conseguem vitórias em todo o lado".
"E deveria também ficar contente se visse que o Presidente eleito (dos EUA) tomou o pulso à sociedade americana e prosseguiu a sua estratégia até ao fim, apesar de ninguém, exceptuando nós (os russos), acreditar que poderia ganhar as presidenciais", acentuou.
O chefe de Estado russo disse ainda que o presidente Barack Obama, em fim de mandato, dividiu os Estados Unidos durante a campanha eleitoral para as presidenciais que se realizaram no mês passado.
"A actual administração (dos Estados Unidos) divide o país. O apelo que foi feito para que os eleitores não votassem no Presidente eleito (Donald Trump) foi um passo no sentido da divisão", disse Vladimir Putin.
O Presidente russo recordou que o Partido Democrático, de Barack Obama e Hillary Clinton, não perdeu apenas nas presidenciais, foi também derrotado no Senado e no Congresso.
"Perderam em todas as frentes mas tentam encontrar culpados no exterior, e isto é indigno para eles próprios", disse Putin acrescentando que Moscovo não interferiu na realização das eleições.
"Perderam no Senado e no Congresso, onde os republicanos alcançaram a maioria. Isso também foi obra da minha? Sim, e depois até fizemos uma festa nas ruínas de uma capela do século XVIII", ironizou Putin numa alusão às acusações que responsabilizam o Kremlin de atos de espionagem informática contra os democratas norte-americanos.
"Tudo isto é prova de que a actual administração (Barack Obama) sofre de problemas estruturais", afirmou frisando que a actual "elite do Partido Democrático" não entende a "realidade".