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Putin assinala melhoria em todos os indicadores económicos na Rússia
O Presidente russo, Vladimir Putin, anunciou hoje que houve melhorias em praticamente todos os indicadores macroeconómicos neste ano na Rússia, na sua tradicional conferência de imprensa anual.
No ano passado, o país viveu uma contracção de 3,7% e, este ano a economia irá contrair "entre os 0,5% e os 0,6%", dados que são mais favoráveis aos que foram estimados no início do ano, de acordo com Putin.
"Em Novembro observamos um leve crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no país", sublinhou o Presidente russo, que se mostrou convencido de que a prolongada recessão em que se encontra a Rússia, há quase três anos, será superada no próximo ano, no qual se espera um crescimento próximo de 1%.
O sector que melhor se comportou foi o agrícola, que cresceu 4,1% este ano, sobretudo devido ao embargo russo a todos os alimentos perecíveis do Ocidente, adoptada em resposta às sanções ocidentais contra Moscovo pelo seu papel nos conflitos armados na Ucrânia.
A inflação, acrescentou Putin, rondará este ano os 5,5%, o melhor dado em toda a história contemporânea da Rússia desde a desintegração da União Soviética (URSS).
Até agora, o melhor registo deu-se em 2011, quando a inflação anual foi de 6,1%.
"Este ano permite-nos pensar que poderemos alcançar o objectivo e conseguir num futuro próximo uma inflação próxima dos cinco por cento e logo dos quatro por cento", sendo o objectivo que foi proposto para 2017 pelo Banco Central da Rússia, explicou o Presidente.
Também a fuga de capitais, um dos fenómenos que mais danos fizeram à economia russa, mostra uma dinâmica positiva.
"Em 2014, a fuga (de capitais) foi superior a 500 mil milhões de dólares (478,3 mil milhões de euros) e em 2015 foi de 57 mil milhões de dólares (54,5 mil milhões de euros). Este ano terminará com cerca de 16 a 17 mil milhões de dólares (15,3 a 16,3 mil milhões de euros) de fugas (...)", disse.
De negativo, Putin reconheceu que caíram os rendimentos reais da população, o que levou a uma queda no consumo "e reflectiu-se nos investimentos".