Notícia
Presidente angolano apresenta proposta para "acordo de paz duradoura" na RDCongo
O Presidente angolano apresentou hoje uma proposta concreta de "acordo de paz duradoura" para ser analisada pelo Ruanda e pela Republica Democrática do Congo para pôr fim ao conflito no leste congolês.
12 de Agosto de 2024 às 22:05
O Presidente angolano apresentou hoje uma proposta concreta de "acordo de paz duradoura" para ser analisada pelo Ruanda e pela Republica Democrática do Congo (RDCongo) para pôr fim ao conflito no leste congolês.
A informação foi divulgada na página de Facebook da presidência angolana, depois de João Lourenço se ter deslocado hoje à RDCongo, onde se encontrou com o seu homólogo Félix Tshisekedi.
No domingo, o chefe de Estado angolano esteve também no Ruanda, onde assistiu à investidura de Paul Kagamé para um novo mandato de cinco anos e esteve também reunido com o Presidente do Ruanda.
A proposta apresentada por João Lourenço surge na sequência da entrada em vigor do cessar-fogo entre a RDCongo e o Ruanda no passado dia 04 de agosto, mediado por Angola.
Os dois países têm assim a oportunidade de analisar a proposta para, nos próximos dias em data a acordar entre Angola, RDCongo e o Ruanda, a referida proposta de paz duradoura começar a ser discutida em Luanda ao nível ministerial, segundo a nota da presidência angolana.
No final do encontro em Kinshasa, em conferência de imprensa, a ministra dos Negocios Estrangeiros congolesa, Thérèse Kayikwamba, disse que Tshisekedi "reiterou a total disponibilidade do Governo congolês em participar nas próximas etapas do processo de Luanda, sob os auspícios do mediador João Lourenço".
A RDCongo acusa o Ruanda de apoiar o movimento rebelde M23, para se apoderar dos recursos minerais do Leste do país, enquanto o grupo armado alega estar a defender uma parte ameaçada da população tutsi que vive na província do Kivu do Norte.
Na passada terça-feira, Félix Tshisekedi acusou o antecessor, Joseph Kabila, de preparar uma "insurreição" e de coordenar ou pertencer à Aliança Francesa do Congo (AFC), um movimento político-militar que inclui o Movimento 23 de Março (M23).
"A AFC é ele", assegurou Tshisekedi, sem dar mais pormenores, nesta entrevista concedida à rádio congolesa Top Congo, na Bélgica, onde se encontra para tratamento médico, e publicada pela Presidência da República Democrática do Congo na sua conta na rede social X.
O M23 é um dos mais de 100 grupos armados ativos no leste da RDCongo, muito rica em ouro, metais raros fundamentais às maiores tecnológicas mundiais e vários outros recursos minerais.
A Aliança Rio Congo, movimento político-militar que integra grupos armados como o M23, felicitou na quinta-feira todos os intervenientes que procuram uma resolução pacífica da crise no leste da República Democrática do Congo, depois do anúncio de um cessar-fogo entre o Ruanda e a RDCongo mediado por Angola, mas sublinhou que não está "automaticamente vinculada às conclusões de reuniões para as quais não foi convidada", reclamando o diálogo direto com o Governo de Kinshasa.
A informação foi divulgada na página de Facebook da presidência angolana, depois de João Lourenço se ter deslocado hoje à RDCongo, onde se encontrou com o seu homólogo Félix Tshisekedi.
A proposta apresentada por João Lourenço surge na sequência da entrada em vigor do cessar-fogo entre a RDCongo e o Ruanda no passado dia 04 de agosto, mediado por Angola.
Os dois países têm assim a oportunidade de analisar a proposta para, nos próximos dias em data a acordar entre Angola, RDCongo e o Ruanda, a referida proposta de paz duradoura começar a ser discutida em Luanda ao nível ministerial, segundo a nota da presidência angolana.
No final do encontro em Kinshasa, em conferência de imprensa, a ministra dos Negocios Estrangeiros congolesa, Thérèse Kayikwamba, disse que Tshisekedi "reiterou a total disponibilidade do Governo congolês em participar nas próximas etapas do processo de Luanda, sob os auspícios do mediador João Lourenço".
A RDCongo acusa o Ruanda de apoiar o movimento rebelde M23, para se apoderar dos recursos minerais do Leste do país, enquanto o grupo armado alega estar a defender uma parte ameaçada da população tutsi que vive na província do Kivu do Norte.
Na passada terça-feira, Félix Tshisekedi acusou o antecessor, Joseph Kabila, de preparar uma "insurreição" e de coordenar ou pertencer à Aliança Francesa do Congo (AFC), um movimento político-militar que inclui o Movimento 23 de Março (M23).
"A AFC é ele", assegurou Tshisekedi, sem dar mais pormenores, nesta entrevista concedida à rádio congolesa Top Congo, na Bélgica, onde se encontra para tratamento médico, e publicada pela Presidência da República Democrática do Congo na sua conta na rede social X.
O M23 é um dos mais de 100 grupos armados ativos no leste da RDCongo, muito rica em ouro, metais raros fundamentais às maiores tecnológicas mundiais e vários outros recursos minerais.
A Aliança Rio Congo, movimento político-militar que integra grupos armados como o M23, felicitou na quinta-feira todos os intervenientes que procuram uma resolução pacífica da crise no leste da República Democrática do Congo, depois do anúncio de um cessar-fogo entre o Ruanda e a RDCongo mediado por Angola, mas sublinhou que não está "automaticamente vinculada às conclusões de reuniões para as quais não foi convidada", reclamando o diálogo direto com o Governo de Kinshasa.