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Papa Francisco pede abolição da pena de morte nos EUA

Na primeira visita do Papa Francisco aos Estados Unidos da América, e naquele que foi o primeiro discurso alguma vez feito por um Papa na câmara legislativa do país, Francisco apelou ao fim da pena de morte e dos extremismos.

Nos Estados Unidos da América.
Reuters
24 de Setembro de 2015 às 23:11
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O papa Francisco defendeu esta quinta-feira, 24 de Setembro, de forma veemente, a sua oposição à pena de morte, num discurso histórico proferido, pela primeira vez, perante as duas câmaras do Congresso norte-americano, onde a maioria dos representantes eleitos é favorável à pena capital.

 

Francisco lembrou a "regra de ouro" de "fazer aos outros aquilo que gostaríamos que nos fizessem a nós" e reafirmou a sua oposição à pena de morte. O líder da Igreja Católica justificou que "uma pena justa e necessária nunca deve excluir a dimensão da esperança e o objectivo da reabilitação".

 

"Estou convencido de que este é o melhor caminho, porque cada vida é sagrada, cada pessoa é dotada de uma dignidade inalienável e a sociedade só pode beneficiar da reabilitação daqueles que cometeram algum crime", argumentou durante o seu discurso

O Papa apelou também à vigilância contra "qualquer tipo de fundamentalismo", religioso ou não, desde que se garanta sempre que a luta contra os extremismos não será feita em detrimento das liberdades individuais. "É preciso um equilíbrio para combater a violência perpetrada em nome da religião, de uma ideologia ou de um sistema económico, enquanto ao mesmo tempo se garante a liberdade religiosa, a liberdade intelectual e a liberdade individual. Mas reside aqui outra tentação que devemos ter atenção: a redução simplista que vê apenas o bom ou e o mau, ou, se preferirem, os correctos e os pecadores", alertou.

Francisco apelou ainda ao apoio na resolução da crise de refugiados, pedindo, "como filho de emigrantes", que nunca virem as costas aos vizinhos. "Quando o estrangeiro nos interpela, não podemos cometer os pecados e os erros do passado; devemos escolher a possibilidade de viver agora no mundo mais nobre e justo possível", acrescentou.

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