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Palavra “segurança” repetida 73 vezes no discurso de Xi

No arranque do congresso do partido comunista, o Presidente chinês avisou que nunca renunciará ao uso da força na defesa de Taiwan.

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China Congresso Xi Jinping
16 de Outubro de 2022 às 10:47
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Foi um discurso mais curto do que o de há cinco anos, com menos de duas horas, mas em que o Presidente chinês reforçou a importância da unificação e condenou as "interferências externas" no apoio a Taiwan.

Na abertura do 20.º congresso do Partido Comunistas Chinês (PCC), Xi Jinping repetiu por 73 vezes a palavra segurança durante o discursos aos mais de 2300 delegados, bem acima das 55 vezes usada em 2017.

Já a palavra reformas, que em 2017 foi usada por Xi 70 vezes, desta vez foi repetida pelo Presidente chinês apenas 16 vezes. A tónica de Xi esteve quase sempre direcionada para os riscos que a China enfrenta e para a importância do sue projeto de unificação.

O Presidente chinês defendeu a importância de preservar a segurança nacional, garantindo o abastecimento de alimentos e energia, protegendo as cadeias de abastecimento, melhorando a capacidade de lidar com desastres e protegendo os dados pessoais. Mas foi quando reafirmou a oposição à independência de Taiwan que surgiu o maior aplaudo, de acordo com a Reuters.



"Tendo enfrentado severas provocações das forças separatistas de Taiwan e interferências de forças externas, levámos a cabo a maior batalha contra o separatismo e a independência", enfatizou Xi na abertura do congresso, citado pelo Financial Times.

Xi destacou que a prioridade de Pequim é batalhar pela unificação pacificamente, mas nunca rejeitando a necessidade do uso de força para a manutenção de tal objetivo. "A reunificação completa de nosso país deve e será realizada", afirmou, assegurando mesmo que o país "nunca renunciará ao uso da força".

E, sem citar os Estados Unidos, enfatizou: "Isso refere-se sobretudo a forças externas e a uma minoria de forças independentistas de Taiwan, mas não à maioria dos compatriotas taiwaneses".

Xi Jinping reafrimou também a estratégia da política covid-zero que o país seguiu e, num balanço dos ultimos cinco anos,  sublinhou que se tratou de um período "estranhamente incomum e anormal".

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