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Mulheres ao poder. O continente americano dá o exemplo

Entre os 193 Estados soberanos, ou seja, países reconhecidos pelas Nações Unidas, atualmente apenas 14 têm mulheres no poder, como presidentes ou primeiras-ministras, ou seja, menos de 10% dos líderes mundiais. Se tivermos em conta apenas as mulheres presidentes que atuam também como chefes de Governo, o número cai para três. Uma delas foi eleita, no último domingo, no México.

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08 de Junho de 2024 às 10:00
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Pela primeira vez o México elegeu uma mulher que se torna também a primeira presidente na América do Norte. Além de Claudia Sheinbaum, há outras duas presidentes que também são chefes de Governo. E todas da América Latina: Dina Boluarte do Peru e Xiomara Castro das Honduras.

Se olharmos para a história recente, a América Latina tem-se destacado na escolha de mulheres no poder. Houve no total 13 mulheres na presidência, das quais oito foram eleitas nas urnas. Além das atuais presidentes do México e das Honduras, houve outras seis:

- Violeta Chamorro foi eleita em 1990 como presidente da Nicarágua. A antiga jornalista tornou-se a primeira presidente mulher do país e da América Latina;

- Em 1999, Mireya Moscoso tornou-se a primeira presidente do Panamá. Foi durante o seu governo que o país se libertou da presença dos Estados Unidos, obtendo a soberania total;

- Michelle Bachelet foi presidente do Chile de 2006 a 2010 e de 2014 a 2018, assumindo depois o cargo de Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos;

- Em 2010, Laura Chinchilla foi eleita a primeira presidente da Costa Rica. Governou até 2014;

- Na Argentina, Cristina Kirchner foi eleita como presidente em 2007, sendo reeleita em 2011. Mais tarde, foi vice-presidente de Alberto Fernández de 2019 a 2023;

- Finalmente, o Brasil elegeu Dilma Rousseff em 2010. Em 2014 foi reeleita para governar até 2018, mas sofreu um golpe de Estado em 2016.

No resto do mundo, há mais mulheres presidentes. No entanto, são chefes de Estado e não chefes de Governo.

No caso de Zuzana Caputová, da Eslováquia; Nataša Pirc Musar, da Eslovénia; Salome Zourabichvili, da Geórgia; Ekaterini Sakellaropoulou, da Grécia; Katalin Novák, da Hungria; Halla Tomasdottir, da Islândia; Maia Sandu, da Moldávia; Sahle-Work Zewde, da Etiópia; Droupadi Murmu, da Índia; Bidhya Devi Bhandari, do Nepal; Christine Kangaloo, de Trinidade e Tobago; e Samia Suluhu, da Tanzânia, foram eleitas mulheres como presidentes, mas os chefes de Governo são homens.

Depois também há outra situação, ou seja, quando o chefe de Estado é um homem mas os países têm primeiras-ministras. É o caso da Giorgia Meloni, da Itália; Michelle O’Neill, da Irlanda do Norte; Borjana Kristo, da Bósnia e Herzegovina; Mette Frederiksen, da Dinamarca; Kaja Kallas, da Estónia; Ingrida Šimonyte, da Lituânia; Sheikh Hasina, do Bangladesh; Fiame Naomi Mata’afa, da Samoa; e Victoire Tomegah-Dogbe, do Togo.

Feitas as contas, menos de 10% dos países reconhecidos pela ONU têm mulheres no poder. "Ao ritmo atual, a igualdade de género nas mais altas posições de poder não será alcançada nos próximos 130 anos", dizem as Nações Unidas.
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