Notícia
Moscovici apoia continuidade de Christine Lagarde à frente do FMI
O comissário europeu sublinhou que a decisão judicial de culpar mas não impor pena a Lagarde pela intervenção no caso Tapies "não é desproporcionada" e pediu respeito pelo tribunal.
20 de Dezembro de 2016 às 11:31
O comissário europeu dos Assuntos Económicos, o francês Pierre Moscovici, apoiou hoje a continuidade da compatriota Christine Lagarde à frente do Fundo Monetário Internacional (FMI), apesar de ter sido declarada culpada de negligência quando era ministra da Economia de França.
"Conheço-a bem e estará pessoalmente afectada. Acredito que tem que continuar a sua tarefa e que a decisão da Justiça tem de ser avaliada tal e como foi adotada", sublinhou Moscovici à televisão BFMTV.
O comissário referia-se à sentença do Tribunal de Justiça da República francês (CJR) de não impor a Lagarde qualquer pena, apesar da culpabilidade na gestão da multimilionária indemnização atribuída ao empresário Bernard Tapie.
Moscovici sublinhou que a decisão dos magistrados "não é desproporcionada" e pediu respeito por aquele tribunal, muito criticado nas últimas horas em França.
O CJR é uma instância especial formada por três magistrados profissionais e 12 deputados, que julga ministros e ex-ministros por presumíveis delitos cometidos durante a sua função governamental.
O CJR considerou, na segunda-feira, a actual directora-geral do FMI culpada de "séria negligência", no caso de um pagamento estatal a um empresário, quando Christine Lagarde era ministra das Finanças da França.
Christine Lagarde afirmou na segunda-feira que não vai recorrer da decisão que a considerou culpada de "negligência", na questão da arbitragem da Tapie.
Apesar da sentença, o FMI reiterou "total confiança" na gestão de Lagarde, que é directora-geral da organização desde que em 2011 substituiu o compatriota Dominique Strauss-Kahn, demitido por um escândalo sexual.
Moscovici, que àquela demissão era próximo de Strauss-Kahn, afirmou hoje que Lagarde é alguém "de boa ética e honestidade" e que "faz bem o seu trabalho".
"Conheço-a bem e estará pessoalmente afectada. Acredito que tem que continuar a sua tarefa e que a decisão da Justiça tem de ser avaliada tal e como foi adotada", sublinhou Moscovici à televisão BFMTV.
Moscovici sublinhou que a decisão dos magistrados "não é desproporcionada" e pediu respeito por aquele tribunal, muito criticado nas últimas horas em França.
O CJR é uma instância especial formada por três magistrados profissionais e 12 deputados, que julga ministros e ex-ministros por presumíveis delitos cometidos durante a sua função governamental.
O CJR considerou, na segunda-feira, a actual directora-geral do FMI culpada de "séria negligência", no caso de um pagamento estatal a um empresário, quando Christine Lagarde era ministra das Finanças da França.
Christine Lagarde afirmou na segunda-feira que não vai recorrer da decisão que a considerou culpada de "negligência", na questão da arbitragem da Tapie.
Apesar da sentença, o FMI reiterou "total confiança" na gestão de Lagarde, que é directora-geral da organização desde que em 2011 substituiu o compatriota Dominique Strauss-Kahn, demitido por um escândalo sexual.
Moscovici, que àquela demissão era próximo de Strauss-Kahn, afirmou hoje que Lagarde é alguém "de boa ética e honestidade" e que "faz bem o seu trabalho".