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Marcelo canta "Guantanamera" no centro histórico de Havana

O Presidente da República cantou hoje o refrão da célebre canção cubana "Guantanamera", no primeiro dia de uma visita de Estado a Cuba, e declarou-se maravilhado com a recuperação do centro histórico de Havana.  

Bruno Simão/Negócios
26 de Outubro de 2016 às 20:09
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"É uma maravilha, é uma maravilha", declarou Marcelo Rebelo de Sousa, a meio de um passeio a pé que durou cerca de uma hora.

 

O chefe de Estado teve direito a uma visita guiada pelo historiador Eusebio Leal, de 74 anos, responsável pela reabilitação do centro histórico da capital cubana desde os anos 80.

 

"É uma grande honra para mim, para os meus colaboradores, para todo o povo em geral a sua visita. Estamos muito contentes. E começamos neste lugar tão simbólico, onde nasceu Havana", declarou Eusebio Leal, na Praça de Armas de Havana.

 

Durante esta caminhada, Marcelo Rebelo de Sousa viu a casa onde morou o escritor norte-americano Ernest Hemingway, e o café frequentado pelo escritor português Eça de Queirós, que foi cônsul em Havana entre 1872 e 1874, e não resistiu a entrar brevemente num salão de cabeleireiro.

 

A secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Teresa Ribeiro, o líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, e os deputados António Filipe (PCP), Hélder Amaral (CDS-PP), Idália Serrão (PS) e José Luís Ferreira ("Os Verdes") também estiveram neste passeio pelo centro histórico de Havana, classificado pela UNESCO como património mundial.

 

Junto a uma estátua do poeta português Luís de Camões inaugurada em 2014, Luís Montenegro quebrou o protocolo e pediu a Hélder Amaral que lhe tirasse uma foto a sós com o Presidente da República.

 

A seguir, a comitiva visitou uma creche da organização não-governamental católica Padre Usera, dirigida por uma freira portuguesa, Teresa Vaz, onde crianças de três e quatro anos cantaram e dançaram para o Presidente da República as canções portuguesas "Malhão, malhão" e "A loja do mestre André".

 

As crianças fizeram também uma coreografia alusiva aos descobrimentos portugueses, acompanhada pela música "O barco do papá".

 

Marcelo Rebelo de Sousa trauteou estas canções sentado, mas no final quando se cantou a "Guantanamera", com versos do poeta e mártir da independência de Cuba José Martí, saiu do lugar e foi para o lado de uma freira que tocava viola.

 

Sorridente, bateu palmas ao ritmo da música e juntou-se ao coro no refrão, que fala numa mulher de Guantánamo, no leste de Cuba: "Guantanamera, guajira guantanamera".

 

Antes de seguir para a Embaixada de Portugal, o Presidente da República ainda se sentou no meio das crianças, enquanto estas cantavam uma última música, e disse estar "um bocadinho emocionado" com esta visita.

 

"Porque vim encontrar em Cuba, que é na outra ponta do mundo, uma congregação que é a mesma à qual confiei num certo momento da vida a educação da minha filha Sofia", disse.

 

Marcelo Rebelo de Sousa referia-se à Congregação do Amor de Deus, fundada pelo padre Jerónimo Usera. "E eu sou cooperante da obra de Jerónimo Usera", contou.

 

"Portanto, madre Teresa, muito obrigada. É uma obra belíssima", agradeceu, despedindo-se com vivas a Cuba e a Portugal.

 

Veja o vídeo da Renascença:

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