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Maioria dos economistas vê EUA em recessão no final de 2021

A maioria dos economistas norte-americanos antecipa que o país vai entrar em recessão no final de 2021.

Reuters
25 de Fevereiro de 2019 às 11:00
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Mais de 75% dos economistas antecipam que a economia norte-americana vai entrar em recessão no final de 2021, ainda que a maioria continue a prever um aumento dos juros pela Reserva Federal este ano. Os resultados foram divulgados pela National Association for Business Economics esta segunda-feira, 25 de fevereiro.

No inquérito, que engloba quase 300 economistas, 10% dos inquiridos admitiam que a recessão podia acontecer ainda este ano. 42% aponta esse cenário para 2020 e 25% espera que a contração comece em 2021. Os restantes inquiridos esperam que tal aconteça no final de 2021. 

Na quinta-feira será divulgado o andamento do PIB no quarto trimestre do ano passado. Os economistas consultados pela Bloomberg antecipam uma desaceleração para 2,5%, em termos homólogos, abaixo dos 3,4% do terceiro trimestre. A divulgação desta estatística foi atrasada pela paralisação parcial do Governo federal, evento que também deverá ter impacto no andamento da economia dado que milhares de trabalhadores ficaram sem salário durante semanas.

Nas atas da última reunião, a Reserva Federal disse ver mais riscos de contração nos Estados Unidos. Os membros desta associação aprovam a direção da política monetária norte-americana, mas estão divididos sobre o impacto do processo de normalização do balanço da Fed. A maior parte dos economistas prevê que a Fed aumente uma ou duas vezes os juros este ano. 

23% dos inquiridos esperam que Jerome Powell suba os juros 50 pontos base para os 3% antes de começar a cortá-los novamente. Já 11% dos economistas acham que o próximo passo da Fed será uma redução dos juros. 

Certo é que as disputas comerciais continuam a ser motivo de preocupação para os economistas. 36% dos inquiridos consideram que se as tarifas existentes continuarem o crescimento do PIB vai ressentir-se. Além disso, as tarifas deverão impulsionar a inflação este ano.

A maioria dos economistas também está preocupada com a situação orçamental dos EUA caso o défice supere os 4% do PIB, o que deverá ocorrer dado que o défice de 2018 foi de 3,85%. 

A maior parte dos inquiridos não vê a imigração ilegal na fronteira sul com o México como uma "crise", depois de Donald Trump ter invocado o estado de emergência para obter fundos para construir um muro nessa zona. 

O inquérito foi realizado entre 30 de janeiro a 8 de fevereiro e obteve 281 respostas.
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