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Macron diz que "exército europeu" não tem como alvo os EUA  

O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou hoje que o "exército europeu" que defende não tem como alvo os Estados Unidos, reportando-se à "confusão" na interpretação que desencadeou a fúria Donald Trump.  

reuters
10 de Novembro de 2018 às 14:29
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Na terça-feira, o Chefe de Estado francês defendeu numa entrevista à rádio Europa 1, a criação de um "exército europeu", o que levou a que Donald Trump escrevesse, na noite de sexta-feira, uma mensagem na rede social ‘Twitter’ em que considerava a posição de Macron como "muito insultuoso" e alegava que a Europa queria proteger-se dos Estados Unidos.

 

O presidente francês recebeu hoje de manhã Donald Trump no Palácio do Eliseu, em Paris, depois de se reunir com Ângela Merkel, em Rethondes, um encontro que teve um "significado simbólico" e que se realizou no âmbito das Cerimónias do Armistício da Primeira Grande Guerra.

 

Na entrevista à rádio Europe 1, Macron referiu-se às sucessivas ameaças à Europa, à intrusão no ciberespaço e à saída dos Estados Unidos do tratado de armas nucleares de médio alcance (INF) concluído durante a Guerra Fria.

 

Hoje, nas declarações aos jornalistas, Emmanuel Macron esclareceu que "nunca disse que era necessário criar um exército europeu contra os Estados Unidos".

 

E prosseguiu: "Compreendo que a sequência de tópicos [da entrevista à rádio Europa 1] possa ter gerado alguma confusão. Mas são dois assuntos diferentes, o tratado INF e o tema de uma força de defesa europeia, no qual estou a trabalhar e está em andamento", salientou o governante.

 

"A saída do tratado INF tem a ver com a segurança da Europa. E é por isso que a Europa deve [também] estar envolvida no diálogo sobre este assunto", frisou.

 


Presidente do Conselho Europeu critica Trump

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, criticou hoje o Presidente norte-americano, Donald Trump, por se opor a "uma Europa unida e forte", a propósito da proposta do chefe de Estado francês para a criação de um exército europeu.

 

"Pela primeira vez na História, temos uma administração americana que não está entusiasmada, e que pouco diz, sobre uma Europa unida e forte", disse Donald Tusk, num discurso em Lodz, na Polónia.

 

"Estou a falar de factos, não de propaganda", disse o ex-primeiro-ministro da Polónia, numa altura em que Presidente dos Estados Unidos está em Paris para assistir às comemorações do centenário do fim da Primeira Guerra Mundial.

 

Quando chegou a Paris, numa mensagem na rede social Twitter, Donald Trump criticou o seu homólogo francês a propósito da proposta de criação de um exército europeu.

 

"O Presidente Macron acaba de sugerir que a Europa construa o seu próprio exército, para se proteger dos Estados Unidos da América, da Rússia e da China", escreveu Trump, acrescentando que "é muito insultuoso" e "talvez a Europa devesse pagar antes a sua parte à NATO, que os EUA subsidiam largamente".

 

Entretanto, o Presidente francês, Emmanuel Macron, que hoje de manhã recebeu o seu homólogo norte-americano no Palácio do Eliseu, em Paris, afirmou que o "exército europeu" que defende não tem como alvo os Estados Unidos.

 

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