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Kamala Harris promete corte de impostos para classe média e acabar com crise na habitação

Após a formalização da sua nomeação como candidata democrata à Casa Branca, Kamala Harris prometeu ser "presidente de todos os americanos". Quer cortar impostos para a classe média, reduzir o preços de bens essenciais e dar resposta à crise na habitação.

Kevin Lamarque / Reuters
23 de Agosto de 2024 às 10:49
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Kamala Harris aceitou esta sexta-feira a nomeação democrata, tornando-se oficialmente na candidata do Partido Democrata às eleições presidenciais norte-americanas de novembro. Num discurso de "entronização", prometeu avançar com um corte de impostos para classe média, subir salários e melhorar condições de trabalho, e "acabar com a escassez de habitação na América".

Após se ter tornado oficialmente na primeira mulher afro-indiana-americana a ser nomeada pelo Partido Democrata na corrida à Casa Branca, Kamala Harris garantiu que será uma "presidente para todos os americanos",

procurando criar "uma economia de oportunidades onde toda a gente tem a hipóteses de competir e ter sucesso, quer viva numa pequena aldeia ou grande cidade".

"Estamos a preparar um novo caminho em frente, um futuro com uma classe média forte que tem sido fundamental para o sucesso dos Estados Unidos", referiu. Por isso, sublinhou que uma das medidas que tenciona pôr em marcha, caso seja eleita Presidente dos Estados Unidos, é aprovar um corte de impostos para a classe média, com vista a "beneficiar 100 milhões de americanos". 

Quer também, numa futura Administração Harris, juntar à mesa sindicatos e empresas para negociarem uma melhoria nos salários e nas condições de trabalho dos norte-americanos. Kamala Harris comprometeu-se também a reduzir o preço do cabaz de produtos essenciais, em especial dos bens alimentares, e a trabalhar para pôr fim à atual crise na habitação no país.

Em relação à questão da imigração – que tem sido uma das bandeiras do rival republicano Donald Trump –, a candidata democrata referiu que vai "recuperar a lei bipartidária que Donald Trump matou" e promulgá-la. "Podemos honrar a nossa herança como nação de imigrantes e reformar o nosso sistema disfuncional de imigração, de forma a oferecer um caminho para a cidadania e proteger a fronteira", argumentou.

Cessar-fogo em Gaza e apoio à Ucrânia

No plano internacional, defendeu a necessidade de um cessar-fogo em Gaza. "O que está a acontecer em Gaza nos últimos dez meses é devastador. Tanta vidas inocentes, pessoas famintas desesperadas que estão a fugir à procura de segurança uma e outra vez. A escala de sofrimento é de partir o coração", disse, notando que, por outro lado, irá "sempre apoiar o direito de Israel a defender-se".

Em relação à guerra na Ucrânia, prometeu continuar "ao lado da Ucrânia e da NATO", em contraste com Donald Trump, e deixou a garantia que nunca estará "ao lado de ditadores e tiranos como Kim Jong-un". Há cerca de um mês, Donald Trump disse estar disponível para voltar a conversar com o líder norte-coreano: "Acho que ele tem saudades minhas".

Assegurou ainda que trabalhará para colocar os interesses norte-americanos "acima de partidos e interesses pessoais", procurando unir as diferentes visões políticas dos eleitores, e lançou farpas ao adversário republicano, dizendo que Donald Trump "não luta pela classe média, luta por ele próprio e pelos amigos". "Serei uma presidente que lidera e que ouve, é realista, prática e tem senso comum", disse. 

"Esta é uma oportunidade preciosa e fugaz de ultrapassar a amargura, cinismo e batalhas divisórias do passado", vincou, dirigindo-se aos eleitores norte-americanos. 

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