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Irão diz ter matado "80 terroristas" norte-americanos. EUA desmentem
Teerão retaliou contra os EUA, apontando para duas bases aéreas durante a madrugada. No Twitter, Donald Trump escreveu: "Até agora, tudo bem".
08 de Janeiro de 2020 às 07:53
Os números não foram confirmados pelas autoridades norte-americanas, mas a televisão estatal iraniana avança que pelo menos 80 "terroristas americanos" morreram nos ataques desta madrugada. Por sua vez, os EUA asseguram que não há mortes de cidadãos norte-americanos a registar. O Irão atacaou duas bases aéreas norte-americanas no Iraque.
A reacção de Donald Trump foi feita através do Twitter (nas primeiras horas do dia foi anunciado que seria feita uma conferência de imprensa a partir da Casa Branca, mas a mesma acabou por não se realizar): "Até agora, tudo bem", disse o presidente dos EUA.
Segundo o Exército iraquiano, foi lançado um total de 22 mísseis. O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas Iranianas, o general Mohammad Baqeri, disse que, em caso de retaliação pelos EUA, a resposta de Teerão "será mais forte e mais esmagadora".
"Esta manhã, corajosos combatentes da Força Aérea do IRGC lançaram uma operação bem-sucedida chamada Operação Mártir Soleimani, com o código ‘Oh Zahra’ ao disparar dezenas de mísseis terra-terra sobre a base das forças terroristas e invasoras dos EUA", avançou a agência estatal de notícias estatal ISNA.
"A feroz vingança dos Guardas da Revolução começou", afirmou a organização militar de elite do Irão através de um comunicado. Soleimani comandava esta força quando foi assassinado. Era uma das principais figuras do regime iraniano e havia quem o considerasse um forte candidato para substituir o atual presidente. O ataque ocorreu à 1h20 da manhã, hora local, a mesma hora em que os EUA eliminaram Soleimani, na quinta-feira passada. "Avisamos todos os países aliados dos Estados Unidos que, se forem lançados ataques contra o Irão de bases nos seus países, serão alvo de uma retaliação militar", diz ainda o comunicado.
"O Irão lançou mais de uma dúzia de mísseis contra bases militares dos EUA e das forças da aliança no Iraque. É cristalino que estes mísseis foram lançados a partir do Irão e que tinham como alvo pelo menos duas bases norte-americanas que albergavam militares dos EUA e pessoal da coligação que estavam na base de Al-Assad e de Irbil", referiu o Pentágono em comunicado. "Estamos a trabalhar no balanço inicial dos danos de batalha. Tomaremos todas as medidas necessárias para proteger e defender os militares norte-americanos e os seus parceiros e aliados na região", acrescentou ainda fonte oficial do Pentágono.
O Irão tinha anunciado esta terça-feira ter 13 "cenários de vingança" possíveis para responder à morte do general Soleimani. O anúncio foi feito pelo chefe do conselho da segurança nacional do Irão, Ali Shamkhani. "Mesmo que apenas o mais fraco desses cenários reúna consenso, a sua implementação pode ser um pesadelo histórico para os americanos", terá afirmado Ali Shamkhani.
Em resposta, o presidente dos EUA declarou que o país estava pronto para enfrentar possíveis retaliações e atacar de volta. A base de al-Asad, atacada esta noite, foi visitada de surpresa por Donald Trump a 26 de dezembro de 2018.
A tensão na região aumentou desde que o general Qassem Soleimani, comandante da força de elite iraniana Al-Quds, foi morto na sexta-feira num ataque aéreo contra o carro em que seguia, junto ao aeroporto internacional de Bagdade, ordenado pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O ataque ocorreu três dias depois de um assalto inédito à embaixada norte-americana que durou dois dias e apenas terminou quando Trump anunciou o envio de mais 750 soldados para o Médio Oriente.
O Irão prometeu vingança e anunciou no domingo que deixará de respeitar os limites impostos pelo tratado nuclear assinado em 2015 com os cinco países com assento no Conselho de Segurança das Nações Unidas — Rússia, França, Reino Unido, China e EUA — mais a Alemanha, e que visava restringir a capacidade iraniana de desenvolvimento de armas nucleares. Os Estados Unidos abandonaram o acordo em maio de 2018.
No Iraque, o parlamento aprovou uma resolução em que pede ao Governo para rasgar o acordo com os EUA, estabelecido em 2016, no qual Washington se compromete a ajudar na luta contra o grupo terrorista Estado Islâmico e que justifica a presença de cerca de 5.200 militares norte-americanos no território iraquiano.
A reacção de Donald Trump foi feita através do Twitter (nas primeiras horas do dia foi anunciado que seria feita uma conferência de imprensa a partir da Casa Branca, mas a mesma acabou por não se realizar): "Até agora, tudo bem", disse o presidente dos EUA.
All is well! Missiles launched from Iran at two military bases located in Iraq. Assessment of casualties & damages taking place now. So far, so good! We have the most powerful and well equipped military anywhere in the world, by far! I will be making a statement tomorrow morning.
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) January 8, 2020
Segundo o Exército iraquiano, foi lançado um total de 22 mísseis. O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas Iranianas, o general Mohammad Baqeri, disse que, em caso de retaliação pelos EUA, a resposta de Teerão "será mais forte e mais esmagadora".
"Esta manhã, corajosos combatentes da Força Aérea do IRGC lançaram uma operação bem-sucedida chamada Operação Mártir Soleimani, com o código ‘Oh Zahra’ ao disparar dezenas de mísseis terra-terra sobre a base das forças terroristas e invasoras dos EUA", avançou a agência estatal de notícias estatal ISNA.
"A feroz vingança dos Guardas da Revolução começou", afirmou a organização militar de elite do Irão através de um comunicado. Soleimani comandava esta força quando foi assassinado. Era uma das principais figuras do regime iraniano e havia quem o considerasse um forte candidato para substituir o atual presidente. O ataque ocorreu à 1h20 da manhã, hora local, a mesma hora em que os EUA eliminaram Soleimani, na quinta-feira passada. "Avisamos todos os países aliados dos Estados Unidos que, se forem lançados ataques contra o Irão de bases nos seus países, serão alvo de uma retaliação militar", diz ainda o comunicado.
"O Irão lançou mais de uma dúzia de mísseis contra bases militares dos EUA e das forças da aliança no Iraque. É cristalino que estes mísseis foram lançados a partir do Irão e que tinham como alvo pelo menos duas bases norte-americanas que albergavam militares dos EUA e pessoal da coligação que estavam na base de Al-Assad e de Irbil", referiu o Pentágono em comunicado. "Estamos a trabalhar no balanço inicial dos danos de batalha. Tomaremos todas as medidas necessárias para proteger e defender os militares norte-americanos e os seus parceiros e aliados na região", acrescentou ainda fonte oficial do Pentágono.
O Irão tinha anunciado esta terça-feira ter 13 "cenários de vingança" possíveis para responder à morte do general Soleimani. O anúncio foi feito pelo chefe do conselho da segurança nacional do Irão, Ali Shamkhani. "Mesmo que apenas o mais fraco desses cenários reúna consenso, a sua implementação pode ser um pesadelo histórico para os americanos", terá afirmado Ali Shamkhani.
Em resposta, o presidente dos EUA declarou que o país estava pronto para enfrentar possíveis retaliações e atacar de volta. A base de al-Asad, atacada esta noite, foi visitada de surpresa por Donald Trump a 26 de dezembro de 2018.
A tensão na região aumentou desde que o general Qassem Soleimani, comandante da força de elite iraniana Al-Quds, foi morto na sexta-feira num ataque aéreo contra o carro em que seguia, junto ao aeroporto internacional de Bagdade, ordenado pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O ataque ocorreu três dias depois de um assalto inédito à embaixada norte-americana que durou dois dias e apenas terminou quando Trump anunciou o envio de mais 750 soldados para o Médio Oriente.
O Irão prometeu vingança e anunciou no domingo que deixará de respeitar os limites impostos pelo tratado nuclear assinado em 2015 com os cinco países com assento no Conselho de Segurança das Nações Unidas — Rússia, França, Reino Unido, China e EUA — mais a Alemanha, e que visava restringir a capacidade iraniana de desenvolvimento de armas nucleares. Os Estados Unidos abandonaram o acordo em maio de 2018.
No Iraque, o parlamento aprovou uma resolução em que pede ao Governo para rasgar o acordo com os EUA, estabelecido em 2016, no qual Washington se compromete a ajudar na luta contra o grupo terrorista Estado Islâmico e que justifica a presença de cerca de 5.200 militares norte-americanos no território iraquiano.