Notícia
Homem que disparou em hotel de Manila foi abatido
O homem que na quinta-feira terá disparado contra dezenas de pessoas num hotel em Manila, nas Filipinas, foi abatido pelas autoridades policiais.
Uma série de disparos e explosões ocorreram depois da meia-noite local (ainda noite de quinta-feira em Lisboa) num complexo hoteleiro com casino na capital filipina, próximo do aeroporto, com centenas de pessoas a procurarem refúgio nas ruas próximas. Mas a polícia explicou o ocorrido como sendo um ataque de um atirador solitário, sem ligações aparentes ao terrorismo.
Um operacional filipino do grupo radical Estado Islâmico, em reacção rápida, reivindicou a responsabilidade pelo ataque. No entanto, a polícia lançou a dúvida sobre tais ligações. Às 00:01 em Lisboa ainda não estava esclarecido se alguém, além do atacante, teria morrido.
O general Ronald Dela Rosa, chefe da polícia filipina, afirmou que não havia provas concretas de que o ataque tivesse sido um acto terrorista.
O atirador roubou dinheiro das apostas, disparou sobre um ecrã LED e incendiou mesas de jogo, depois de as regar com gasolina, especificou Dela Rosa.
Não ficou claro como é que o homem conseguiu introduzir tanta gasolina num casino cheio para provocar explosões e por que razão Dela Rosa foi tão rápido a excluir a pista de terrorismo.
A polícia acorreu ao complexo Resorts World Manila rapidamente, depois de se ouvirem disparos, com testemunhas a relatarem que homens armados estavam a precipitar-se para o cento comercial, onde começou a surgir fumo de um andar superior.
Testemunhas relataram a existência de pessoas feridas, incluindo um agente da equipa policial de reacção rápida (SWAT).
Cerca de 90 minutos depois de o ataque ter começado, a administração da Resorts World Manila adiantou na sua conta na rede social Facebook que estava "a trabalhar com a Polícia Nacional Filipina para garantir que todos os convidados e empregados estavam seguros". A polícia isolou a área, que está nas proximidades do aeroporto internacional Ninoy Aquino.
O grupo norte-americano SITE, que monitoriza comunicações de redes terroristas, disse que um operacional filipino, com ligações ao Daesh, que faz actualizações diárias sobre os confrontos em curso em Marawi, reclamou que "soldados 'lobos solitários'" do Daesh eram responsáveis pelo ataque.
Uma mensagem em inglês do operacional foi distribuída através de várias salas de conversa ('chat') na internet, assegurou o SITE. A mensagem seria: "Os soldados 'lobo solitários' (atacantes autónomos) atacaram o coração de Kufar, a cidade de Manila, no Resort World".
O presidente filipino, Rodrigo Duterte, enviou soldados para o sul das Filipinas, para terminar com o cerco montando por cerca de 500 militantes. Fontes oficiais estimam em 120 militantes e pelo menos 25 soldados mortos, além de duas dezenas de civis, nos combates ocorridos desde o início da semana passada.