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Grandes fortunas russas já perderam 28 mil milhões este ano

O rombo nas fortunas dos "super ricos" russos deverá agravar-se com a escalada da situação na Ucrânia, que ameaça derrubar ainda mais os mercados.

Reuters
22 de Fevereiro de 2022 às 22:57
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32 mil milhões de dólares, ou 28,2 mil milhões de euros ao câmbio atual. Este é o valor perdido pelas fortunas dos super-ricos da Rússia este ano, marcado pela escalada das tensões entre Moscovo e Kiev, que já levaram o presidente russo, Vladimir Putin, a reconhecer a independência de Donetsk e Lugansk e enviar tropas russas para estas regiões no leste da Ucrânia.

Agora, com as sanções do Ocidente a Moscovo e a potencial queda das cotações nas bolsas mundiais o rombo arrisca tornar-se bem maior, refere esta terça-feira a Bloomberg.

Gennady Timchenko lidera a lista de milionários russos cuja fortuna mais caiu desde 1 de janeiro, segundo o Bloomberg Billionaires Index.

Timchenko, de 69 anos, é filho de um oficial militar soviético amigo de Putin desde o início da década de 1990. A suba fortuna encolheu de 24 mil milhões de dólares para 16 mil milhões de dólares. A riqueza de Timchenko provém da sua participação na produtora de gás Novatek.

Também acionista da Novatek, Leonid Mikhelson viu a sua fortuna recuar em 6,2 mil milhões de dólares este ano, enquanto Vagit Alekperov, presidente da petrolífera Lukoil, sofreu um rombo de 3,5 mil milhões de dólares na sua riqueza.

No conjunto, os 23 multimilionários russos têm uma fortuna de 343 mil milhões de dólares (302,4 mil milhões de euros), valor que compara com 375 mil milhões de dólares (330,6 mil milhões de euros) que contabilizavam no final de 2021.

Timchenko é, aliás, um dos indivíduos a quem o Reino Unido aplicou sanções, juntamente com Boris Rotenberg, de 65 anos, e o seu sobrinho, Igor, de 48 anos, cujas famílias fizeram fortuna com a construtora de gasodutos Stroygazmontazh.

O pai de Igor, Arkady, era um dos antigos parceiros de Putin no judo e vendeu a empresa em 2019 por cerca de 1.300 milhões de dólares.
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