Depois de um dia marcado pelo anúncio de sanções à Rússia, devido à situação que se vive na Ucrânia, o presidente russo, Vladimir Putin, adiantou que continua disponível para "soluções diplomáticas", desde que os interesses e a segurança da Rússia estejam garantidos.

Num vídeo difundido a propósito do Dia do Defensor da Pátria, Putin argumentou que a situação internacional é "difícil", realçando que o país "está sempre aberto a diálogo aberto e honesto, para procurar soluções diplomáticas para os problemas mais difíceis".

Dito isto, o presidente russo salvaguardou: "mas repito, os interesses da Rússia e a segurança dos nossos cidadãos são incondicionais para nós. Por isso vamos continuar a desenvolver e melhorar a armada e a marinha, para aumentar a sua eficiência".

As declarações do líder russo surgem depois dos Estados Unidos e dos seus aliados terem acordado a primeira tranche de sanções à Rússia, após o país ter enviado militares para duas regiões separatistas na Ucrânia.

Enquanto os Estados Unidos impuseram sanções a bancos do país e medidas para barrar o acesso de Moscovo ao financiamento nos mercados ocidentais, a Alemanha interrompeu a certificação do gasoduto Nord Stream 2, que iria reforçar o fornecimento de gás natural à Europa.

O Kremlin reconheceu esta semana os territórios separatistas na Ucrânia como independentes, anunciando o envio de forças militares para estas duas regiões, ainda que afastando sempre uma invasão. No Ocidente, estes avanços foram encarados como o início de um conflito, levando os Estados a tomar medidas.

Depois de uma primeira reação bastante negativa, os mercados financeiros fizeram uma pausa nas quedas, com os investidores à espera de novas notícias sobre a situação.