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Governo do Equador e movimento indígena iniciam hoje diálogo

Ao décimo primeiro dia de protestos, a ONU e a Conferência Episcopal conseguiram convencer Governo e organizações indígenas a sentarem-se à mesa para procurar uma saída para o conflito cada vez mais violento. Em casa está a adoção de medidas de austeridade, em particular o aumento do preço da gasolina.

8.º Equador
13 de Outubro de 2019 às 10:32
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O Governo do Equador e o movimento indígena dão hoje início ao diálogo, após 11 dias de protestos contra as medidas de austeridade económica do Executivo, anunciou a ONU e a Conferência Episcopal.


A ONU e a Igreja Católica "informam que, após contactos com o Governo e organizações do movimento indígena, a primeira reunião foi convocada para o dia 13 de outubro [hoje], em Quito, às 15:00 (21:00 em Lisboa)", lê-se num comunicado conjunto publicado no Twitter.


Ao fim de quase duas semanas de protestos que se espalharam pelo país, provocando diversos motins, o movimento indígena aceitou no sábado sentar-se à mesa com o Presidente, depois de várias recusas.


Moreno eliminou um subsídio do preço dos combustíveis, em 02 de outubro, elevando a variedade mais popular de gasolina para preços recorde, o que provocou de forma rápida operações de especulação comercial e a subida de preços de diversos produtos essenciais.


A subida do preço dos combustíveis foi uma das exigências do Fundo Monetário Internacional (FMI), como contrapartida do resgate financeiro ao país que se viu profundamente endividado após uma década de elevados défices e de queda do preço do petróleo, uma das principais fontes de receita económica do Equador.


No sábado, a Confederação das Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie) indicou que aceitou negociar com Lenin Moreno, num comunicado onde referiu que a mudança de posição ocorreu após "um processo de consultas às comunidades, organizações, povos, nacionalidades e organizações sociais".


No pacote de exigências que levarão até ao Presidente poderá constar a demissão da ministra do Interior, Maria Paula Romo, e do ministro da Defesa, Oswaldo Jarrín, que têm defendido posições duras de repressão sobre os manifestantes, que já provocaram a morte de um líder indígena e quatro outras pessoas, para além de 850 feridos e centenas de detenções.

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