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Goldman Sachs: risco dos EUA elevarem tarifas comerciais está a aumentar

O escalar da guerra comercial entre os Estados Unidos e as restantes potências com as quais mantém divergências neste campo obrigou o Goldman Sachs a rever em alta os riscos de que um agravamento da imposição de tarifas se verifique.

Reuters
03 de Junho de 2019 às 16:06
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O banco norte-americano Goldman Sachs reviu as suas previsões em relação à probabilidade de haver um agravamento da imposição de tarifas pela parte dos Estados Unidos, numa altura em que a maior economia do mundo tem utilizado esta arma contra várias potências, avança a CNBC. A instituição acredita que os riscos de imposição de novas ou o alargamento de tarifas aumentaram.

A possibilidade de que os Estados Unidos avancem com uma tarifa de 10% sobre 300 mil milhões de dólares de importações chinesas é estimada pelo Goldman Sachs em 60%, acima dos anteriores 40%.

Mas a China não é a única economia que pode em breve vir a sofrer de maiores penalizações comerciais da parte dos Estados Unidos. No caso do México, o Goldman diz que existe uma probabilidade de 70% de que a ameaça de imposição de uma tarifa de 5% sobre todos os produtos importados para os Estados Unidos se concretize.  E as hipóteses de que esta sanção avance até à fasquia dos 10% é de 50%, de acordo com a mesma instituição.

Além das várias geografias, o setor automóvel merece a análise independente do banco norte-americano. "Aumentos adicionais de taxas ou a aplicação generalizada de tarifas sobre o setor automóvel também são possibilidades a considerar, embora não constituam o nosso cenário base", esclarece o Goldman. A probabilidade da abrangência destas tarifas crescer aumentou de 25% para 40%, de acordo com as mesmas previsões do banco.

A resolução das divergências comerciais através de acordos, o que constitui uma solução para a imposição crescente de tarifas, não é esperada antes do final de 2019, podendo prolongar-se pelo ano de 2020, prevê o Goldman.

Riscos da tarifa de mãos dadas com recessão

Os grandes bancos de Wall Street estão a alinhar-se nos alertas aos investidores sobre a crescente possibilidade de a economia global entrar em recessão devido à escalada do conflito comercial entre os Estados Unidos e a China.

O Morgan Stanley estima uma recessão global a começar dentro de nove meses caso os EUA avancem com tarifas adicionais de 25% sobre bens chineses no valor de 300 mil milhões de dólares e Pequim responda com medidas de retaliação. O JPMorgan elevou de 25% para 40% a probabilidade da economia norte-americana entrar em recessão já na segunda metade deste ano. O Goldman cortou a sua previsão de crescimento do PIB dos EUA para 2% no segundo semestre e reviu em alta a probabilidade de a Fed cortar os juros, embora ainda coloque como cenário central a manutenção do preço do dinheiro.

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