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Falta de prazos para adesão da Ucrânia à NATO motiva críticas de Zelensky

Os 31 membros da NATO estão a discutir um convite para futura adesão da Ucrânia à NATO, mas tudo indica que não existirá um calendário. O presidente ucraniano já mostrou o seu descontentamento através da rede social Twitter.

Andrew Caballero-Reynolds / Pool via Reuters
Os 31 líderes da NATO estão a discutir um compromisso "para estender um convite à Ucrânia para se juntar à aliança, quando os membros concordarem e quando as condições forem reunidas". É o que indica o Financial Times, citando fontes conhecedoras do assunto, não existindo, no entanto, prazos para essa integração.

Uma outra notícia da Bloomberg indica que o grupo do G7, que inclui as sete maiores economias mundiais, estarão também perto de um acordo. Com a informação a fluir rápido a partir de Vilnius, na Lituânia, onde os membros da aliança estão reunidos para uma cimeira de dois dias, as negociações com Kiev para a adesão à NATO deverão ser lentas. Há alguns membros mais reticentes, principalmente face a uma possível reação russa, segundo o correspondente da Al Jazeera em Kiev, Rob McBride.

Para já, segundo o que adianta a Bloomberg, o acordo entre os países do G7 deverá definir parâmetros para conversações bilaterais com Kiev, com vista a aumentar as condições securitárias da Ucrânia, através de uma maior capacidade de defesa e evitando novas agressões por parte de Moscovo.

Estas reuniões, que acontecem paralelamente à cimeira da NATO, deverão resultar em acordos de longo-prazo para o fornecimento de armas aéreas, terrestres e por mar, priorizando sistemas de defesa aéreos, artilharia, armas de longo-alcance e veículos de combate. 

No entanto, a inação da Organização do Tratado do Atlântico Norte, que tem falhado em estabelecer prazos para uma possível entrada da Ucrânia não agradou o presidente do país, Volodymyr Zelensky, que mostrou o seu desagrado através de um longo "tweet".

Zelensky classificou de "sem precedentes" e "absurdo" a inexistência de um calendário para um convite e para a adesão. "Ao mesmo tempo, existe uma formulação vaga sobre as 'condições', mesmo para um convite à Ucrânia", pode ler-se. "Parece que não há disponibilidade nem para convidar a Ucrânia para a NATO, nem de a tornar membro da aliança", diz o presidente ucraniano.



Alemanha e França renovam apoio militar à Ucrânia

Esta terça-feira França anunciou que vai dar à Ucrânia misseis SCALP, a arma de mais longo-alcance fornecida a Kiev até agora.

Também hoje a Alemanha aprovou um pacote de ajuda no valor de 700 milhões de euros para a Ucrânia, revelou o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius. Nele serão incluídos dois misseis Patriot, 40 veículos de infantaria, 25 tanques A5, bem como cinco tanques Bergenpanzer 2.

Também o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchéz, anunciou hoje que o país vai enviar soldados para a Eslováquia e reforçar o número de militares na Roménia.

Estados Unidos transferem F-16 para a Turquia

Poucas horas depois do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, ter voltado atrás com a sua palavra, permitindo a entrada da Suécia da NATO, os Estados Unidos anunciaram que vão transferir jatos F-16, após aprovação do Congresso, para a Turquia, sendo o número atualmente incerto.

Apesar do esforço de Washington para não juntar a entrada da Suécia na NATO ao fornecimento das aeronaves, Ancara envia assim uma mensagem clara ao Congresso norte-americano.

Erdogan tinha feito depender o apoio à adesão da Suécia à NATO da adesão da própria Turquia à União Europeia, mas tal acabou por cair por terra.

Segundo o Financial Times, Joe Biden terá falado com Erdogan no caminho para a cimeira em Vilnius, onde terão discutido "como a Turquia e os Estados Unidos poderiam andar para a frente de forma positiva", caso Ancara se disponibilizasse para "tomar um passo em frente" e desse luz verde à entrada da Suécia, indicou Jake Sullivan, conselheiro de segurança da Casa Branca.
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