Notícia
Falta de prazos para adesão da Ucrânia à NATO motiva críticas de Zelensky
Os 31 membros da NATO estão a discutir um convite para futura adesão da Ucrânia à NATO, mas tudo indica que não existirá um calendário. O presidente ucraniano já mostrou o seu descontentamento através da rede social Twitter.
Os 31 líderes da NATO estão a discutir um compromisso "para estender um convite à Ucrânia para se juntar à aliança, quando os membros concordarem e quando as condições forem reunidas". É o que indica o Financial Times, citando fontes conhecedoras do assunto, não existindo, no entanto, prazos para essa integração.
Uma outra notícia da Bloomberg indica que o grupo do G7, que inclui as sete maiores economias mundiais, estarão também perto de um acordo. Com a informação a fluir rápido a partir de Vilnius, na Lituânia, onde os membros da aliança estão reunidos para uma cimeira de dois dias, as negociações com Kiev para a adesão à NATO deverão ser lentas. Há alguns membros mais reticentes, principalmente face a uma possível reação russa, segundo o correspondente da Al Jazeera em Kiev, Rob McBride.
Para já, segundo o que adianta a Bloomberg, o acordo entre os países do G7 deverá definir parâmetros para conversações bilaterais com Kiev, com vista a aumentar as condições securitárias da Ucrânia, através de uma maior capacidade de defesa e evitando novas agressões por parte de Moscovo.
Estas reuniões, que acontecem paralelamente à cimeira da NATO, deverão resultar em acordos de longo-prazo para o fornecimento de armas aéreas, terrestres e por mar, priorizando sistemas de defesa aéreos, artilharia, armas de longo-alcance e veículos de combate.
No entanto, a inação da Organização do Tratado do Atlântico Norte, que tem falhado em estabelecer prazos para uma possível entrada da Ucrânia não agradou o presidente do país, Volodymyr Zelensky, que mostrou o seu desagrado através de um longo "tweet".
Zelensky classificou de "sem precedentes" e "absurdo" a inexistência de um calendário para um convite e para a adesão. "Ao mesmo tempo, existe uma formulação vaga sobre as 'condições', mesmo para um convite à Ucrânia", pode ler-se. "Parece que não há disponibilidade nem para convidar a Ucrânia para a NATO, nem de a tornar membro da aliança", diz o presidente ucraniano.
Alemanha e França renovam apoio militar à Ucrânia
Esta terça-feira França anunciou que vai dar à Ucrânia misseis SCALP, a arma de mais longo-alcance fornecida a Kiev até agora.
Também hoje a Alemanha aprovou um pacote de ajuda no valor de 700 milhões de euros para a Ucrânia, revelou o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius. Nele serão incluídos dois misseis Patriot, 40 veículos de infantaria, 25 tanques A5, bem como cinco tanques Bergenpanzer 2.
Também o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchéz, anunciou hoje que o país vai enviar soldados para a Eslováquia e reforçar o número de militares na Roménia.
Estados Unidos transferem F-16 para a Turquia
Poucas horas depois do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, ter voltado atrás com a sua palavra, permitindo a entrada da Suécia da NATO, os Estados Unidos anunciaram que vão transferir jatos F-16, após aprovação do Congresso, para a Turquia, sendo o número atualmente incerto.
Apesar do esforço de Washington para não juntar a entrada da Suécia na NATO ao fornecimento das aeronaves, Ancara envia assim uma mensagem clara ao Congresso norte-americano.
Erdogan tinha feito depender o apoio à adesão da Suécia à NATO da adesão da própria Turquia à União Europeia, mas tal acabou por cair por terra.
Segundo o Financial Times, Joe Biden terá falado com Erdogan no caminho para a cimeira em Vilnius, onde terão discutido "como a Turquia e os Estados Unidos poderiam andar para a frente de forma positiva", caso Ancara se disponibilizasse para "tomar um passo em frente" e desse luz verde à entrada da Suécia, indicou Jake Sullivan, conselheiro de segurança da Casa Branca.
Uma outra notícia da Bloomberg indica que o grupo do G7, que inclui as sete maiores economias mundiais, estarão também perto de um acordo. Com a informação a fluir rápido a partir de Vilnius, na Lituânia, onde os membros da aliança estão reunidos para uma cimeira de dois dias, as negociações com Kiev para a adesão à NATO deverão ser lentas. Há alguns membros mais reticentes, principalmente face a uma possível reação russa, segundo o correspondente da Al Jazeera em Kiev, Rob McBride.
Estas reuniões, que acontecem paralelamente à cimeira da NATO, deverão resultar em acordos de longo-prazo para o fornecimento de armas aéreas, terrestres e por mar, priorizando sistemas de defesa aéreos, artilharia, armas de longo-alcance e veículos de combate.
No entanto, a inação da Organização do Tratado do Atlântico Norte, que tem falhado em estabelecer prazos para uma possível entrada da Ucrânia não agradou o presidente do país, Volodymyr Zelensky, que mostrou o seu desagrado através de um longo "tweet".
Zelensky classificou de "sem precedentes" e "absurdo" a inexistência de um calendário para um convite e para a adesão. "Ao mesmo tempo, existe uma formulação vaga sobre as 'condições', mesmo para um convite à Ucrânia", pode ler-se. "Parece que não há disponibilidade nem para convidar a Ucrânia para a NATO, nem de a tornar membro da aliança", diz o presidente ucraniano.
We value our allies. We value our shared security. And we always appreciate an open conversation.
— ????????? ?????????? (@ZelenskyyUa) July 11, 2023
Ukraine will be represented at the NATO summit in Vilnius. Because it is about respect.
But Ukraine also deserves respect. Now, on the way to Vilnius, we received signals that…
Alemanha e França renovam apoio militar à Ucrânia
Esta terça-feira França anunciou que vai dar à Ucrânia misseis SCALP, a arma de mais longo-alcance fornecida a Kiev até agora.
Também hoje a Alemanha aprovou um pacote de ajuda no valor de 700 milhões de euros para a Ucrânia, revelou o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius. Nele serão incluídos dois misseis Patriot, 40 veículos de infantaria, 25 tanques A5, bem como cinco tanques Bergenpanzer 2.
Também o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchéz, anunciou hoje que o país vai enviar soldados para a Eslováquia e reforçar o número de militares na Roménia.
Estados Unidos transferem F-16 para a Turquia
Poucas horas depois do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, ter voltado atrás com a sua palavra, permitindo a entrada da Suécia da NATO, os Estados Unidos anunciaram que vão transferir jatos F-16, após aprovação do Congresso, para a Turquia, sendo o número atualmente incerto.
Apesar do esforço de Washington para não juntar a entrada da Suécia na NATO ao fornecimento das aeronaves, Ancara envia assim uma mensagem clara ao Congresso norte-americano.
Erdogan tinha feito depender o apoio à adesão da Suécia à NATO da adesão da própria Turquia à União Europeia, mas tal acabou por cair por terra.
Segundo o Financial Times, Joe Biden terá falado com Erdogan no caminho para a cimeira em Vilnius, onde terão discutido "como a Turquia e os Estados Unidos poderiam andar para a frente de forma positiva", caso Ancara se disponibilizasse para "tomar um passo em frente" e desse luz verde à entrada da Suécia, indicou Jake Sullivan, conselheiro de segurança da Casa Branca.