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EUA dizem que avião foi abatido por mísseis do Irão. Teerão nega

Todos os passageiros a bordo da aeronave morreram no acidente. Ainda sem se saber o que aconteceu realmente, fonte dos EUA suspeitam que terá sido abatido por mísseis iranianos. Contudo, Teerão nega.

Correio da Manhã | Negócios jng@negocios.pt 09 de Janeiro de 2020 às 18:01
O avião ucraniano que caiu esta quarta-feira, 8 de janeiro, de madrugada terá sido abatido por um sistema de mísseis anti-aéreo do Irão, segundo confirmou fonte oficial do Governo dos Estados Unidos.

A mesma posição já tinha sido defendida na revista Newsweek, esta quinta-feira, 9 de janeiro, que cita uma fonte oficial do Pentágono. O avião fazia a ligação entre Teerão e o aeroporto de Kiev, na Ucrânia.

Fonte do Pentágono acredita, ainda assim, que se poderá ter tratado de um incidente, avançam os meios internacionais. A queda da aeronave Boeing 737 provocou a morte dos 176 passageiros a bordo.

O Pentágono rejeitou, até ao momento, qualquer comentário oficial ao caso. O presidente norte-americano, Donald Trump, sugeriu que acredita que o Irão foi responsável, mas porque se enganou, apesar de não colocar a culpa diretamente em Teerão. Trump negou a versão iraniana de que houve um problema mecânico no avião. 

O avião caiu poucas horas após o Irão ter lançado um míssil balístico contra bases militares iraquianas onde estavam tropas norte-americanas.

Fonte das autoridades britânicas dizem ao The Guardian que há indícios de que o Irão foi responsável pelo acidente.

Contudo, o Irão já veio negar. Segundo a Reuters, que cita a agência iraniana de notícias ISNA, o chefe da aviação civil apelidou os rumores de "ilógicos". 

"Vários voos domésticos e internacionais voam ao mesmo tempo no espaço aéreo iraniano à mesma altitude de 8.000 pés, e essa história de ataque com mísseis (...) não podia estar mais incorreta", indicou o Ministério dos Transportes iraniano, num comunicado, citado pela Lusa.

"Esses rumores não fazem qualquer sentido", prosseguiu a nota informativa, que cita o presidente da Organização de Aviação Civil iraniana (CAO) e vice-ministro dos Transportes, Ali Abedzadeh.

A propósito das caixas negras do aparelho, encontradas no mesmo dia do desastre (quarta-feira), Ali Abedzadeh declarou que "o Irão e a Ucrânia têm os meios para descarregar as informações" que os aparelhos contêm.

"Mas, caso sejam necessárias medidas mais especializadas para extrair e analisar as informações, podemos fazê-lo em França ou em outros países", afirmou o representante iraniano, num momento em que foram divulgadas informações que dão conta de que Teerão está a recusar o acesso às caixas negras do avião ao fabricante norte-americano Boeing.

Além disso, alguns generais iranianos prometeram hoje uma "vingança mais dura" contra os EUA.
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