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Estados Unidos devem adiar novas tarifas sobre a China

Os EUA e a China não deverão conseguir fechar a primeira fase do acordo comercial nos próximos dias, pelo que devem voltar a optar por um adiamento de tarifas.

Reuters
10 de Dezembro de 2019 às 14:17
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As negociações entre os Estados Unidos e a China para a primeira fase de um acordo comercial ainda não estão fechadas, mas ambas as partes deverão aceitar adiar a entrada em vigor de novas tarifas, que estavam previstas para 15 de dezembro.

 

A notícia está a ser avançada pela agência Dow Jones e dá conta que persistem questões por resolver entre ambas as partes por forma a selar um acordo antes da aplicação de novas tarifas, tal como pretendia Donald Trump.

 

As duas maiores economias do mundo recorrem assim a um expediente a que já recorreram no passado. Apesar de não chegarem a um entendimento, também aceitam não implementar as tarifas que estão previstas, o que indica que as negociações podem estar no bom caminho.

 

Segundo a Dow Jones, os Estados Unidos não conseguiram ainda convencer a China a comprometer-se com a aquisição de um determinado valor de produtos agrícolas norte-americanos. Os Estados Unidos defendem que a segunda maior economia do mundo deve comprar entre 40 e 50 mil milhões de dólares de bens agrícolas norte-americanos anualmente, consideravelmente acima das compras de 8,6 mil milhões que foram realizadas por Pequim no ano passado.

 

Nos últimos dias, responsáveis dos dois lados têm assinalado que não havia uma data limite para que fosse fechado o acordo preliminar. Isto apesar de para 15 de dezembro estar prevista a aplicação de uma tarifa de 15% sobre uma série de produtos chineses avaliados em 165 mil milhões de dólares: computadores portáteis, telemóveis, consolas de vídeo-jogos, monitores de computadores, alguns brinquedos, algum vestuário e calçado.

 

Em outubro deste ano já tinha sido suspensa a entrada em vigor de um aumento de taxas aduaneiras de 25% para 30% sobre uma série de produtos. Na altura Donald Trump anunciou que tinha sido desenhado um acordo comercial parcial entre os dois países, mas até hoje este não foi ainda fechado e assinado.

 

O presidente dos Estados Unidos revelou que o objetivo passava por fechar esta primeira fase do acordo até 15 de dezembro, o que nesta altura parece difícil. Ainda assim a disponibilidade para um novo adiamento de tarifas indica que as negociações estão a seguir no bom sentido, o que está a ser bem recebido nos mercados acionistas, com as bolsas europeias a diminuírem as perdas. Nas últimas sessões as bolsas têm negociado em terreno negativo, precisamente devido à proximidade da data de entrada em vigor de novas tarifas, sem sinais de que o acordo parcial esteja próximo de ficar fechado.

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