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Estados Unidos anunciam corte no orçamento da ONU

Os Estados Unidos, que são responsáveis por 22% do orçamento da ONU, anunciaram uma redução de pelo menos 285 milhões de dólares no próximo ano.

26 de Dezembro de 2017 às 17:56
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O governo norte-americano anunciou cortes significativos no orçamento das Nações Unidas para 2018-2019, poucos dias depois de 128 países terem condenado a decisão dos Estados Unidos de reconhecer Jerusalém como capital de Israel.

Num comunicado citado pela imprensa internacional, a Missão dos EUA para as Nações Unidas informou que o orçamento do próximo ano será cortado em mais de 285 milhões de dólares (cerca de 240 milhões de euros), sem especificar se essa redução diz respeito apenas às contribuições do país.

"Não vamos mais deixar que se aproveitem da generosidade do povo americano", afirmou a embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley, no comunicado, acrescentando que a "ineficiência e excesso de gastos" da organização é bem conhecida.

Os EUA são responsáveis por 22% do orçamento operacional anual da ONU - cerca de 1,2 mil milhões de dólares em 2017-2018 - e 28,5% do custo das operações de manutenção da paz, estimados em 6,8 mil milhões de dólares no mesmo período, segundo o The Guardian.

Na sua declaração, Haley disse que estava satisfeita com os resultados das negociações orçamentais e que a Missão dos EUA continuará a "procurar maneiras de aumentar a eficiência da ONU e a proteger os interesses [dos Estados Unidos]".

"Esta redução histórica nos gastos - além de muitos outros movimentos com vista a uma ONU mais eficiente e responsável - é um grande passo na direcção certa", frisou a responsável.

O corte no orçamento é conhecido depois de, na passada quinta-feira, 128 países terem votado a favor de uma resolução, sem carácter vinculativo, que foi proposta pelo Iémen e pela Turquia, em nome de um grupo de países árabes e da Organização para a Cooperação Islâmica (OCI), contra o reconhecimento dos Estados Unidos de Jerusalém como capital de Israel.

 

Entre os 193 países-membros da assembleia-geral da ONU, nove votaram contra a resolução e 35 optaram pela abstenção.

 

Depois da votação, Haley disse à assembleia que os EUA eram "de longe o maior contribuinte da ONU" e iriam lembrar-se da votação quando lhes fosse pedido que pagassem ainda mais e usassem a sua influência para benefício dos países.

 

Segundo o The Guardian, o presidente dos Estados Unidos já havia ameaçado reduzir o orçamento, numa reunião do governo que decorreu antes da votação.

 

"Deixem-nos votar contra nós. Vamos poupar muito. Não nos importamos. Mas isto não vai ser como antes, em que podiam votar contra nós e depois nós pagávamos centenas de milhões de dólares…Não vão mais aproveitar-se", disse, citado pela mesma publicação.

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