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Corte geral de eletricidade deixa Venezuela quase paralisada

O líder oposição da Venezuela, Juan Guaidó, deslocou-se hoje a várias ruas de Caracas na sequência de uma falha geral de eletricidade que se prolonga há quase 20 horas, atribuída pelo regime a uma sabotagem promovida pelos EUA.

Reuters
08 de Março de 2019 às 17:21
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O chefe do parlamento, que se autoproclamou Presidente interino, disse que as comunicações serão "difíceis" quando o "apagão" atinge cerca de 90% do país, considerou "importante seguir e contestar a informação oficial" e voltou a apelar às mobilizações convocadas no sábado no país para exigir o "fim da usurpação".

 

"A corrupção e o desastre são as responsáveis por esta situação", considerou Guaidó, ao lamentar que a Venezuela, que possui as maiores reservas de petróleo, esteja a ser afetada por cortes elétricos.

 

A Venezuela depara-se desde quinta-feira com um "apagão" que afeta pelo menos 11 Estados e a capital Caracas. O corte elétrico ocorreu às 17:00 locais (21:00 em Lisboa).

 

Hoje, o Governo de Nicolás Maduro ordenou a suspensão do dia de trabalho nos setores público e privado, também extensível aos estabelecimentos de ensino.

 

Através de uma declaração transmitida por diversos meios de comunicaão, a vice-Presidente Delcy Rodriguez anunciou que a medida foi decidida devido a uma "sabotagem elétrica" organizada pela "oposição extremista" venezuelana "em cumplicidade com poderes imperiais", que não especificou.

 

A Empresa Elétrica Nacional (Corpoelec) reagiu quase de imediato, ao anunciar que a distribuição de energia foi sabotada na instalação de Guri, a mais importante de todo o sistema. 

 

O ministro responsável pela área, Luis Motta Domínguez, assegurou em declarações à televisão estatal VTV que o corte se devia a uma "sabotagem".

 

"Fomos novamente alvo da guerra elétrica (...) mas como sabem aqui existe um Governo moralizado, não nos vão derrotar", afirmou o ministro na quinta-feira, que na ocasião previu o restabelecimento do serviço em algumas horas.

 

Hoje, as ruas do país estavam quase vazias, enquanto o comércio, escolas e universidades permaneciam encerrados, referiu a agência noticiosa Efe.

 

As poucas estações de gasolina em funcionamento registavam um grande afluxo e eram vigiadas pela polícia, enquanto os serviços de saúde apenas asseguravam os casos mais urgentes.

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