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China detém segundo cidadão do Canadá após caso Huawei

As autoridades chinesas somam já duas detenções de cidadãos do Canadá, depois de a filha do fundador da Huawei ter sido detida. Segundo canadiano detido tem ligações à Coreia do Norte.

1º Xi Jinping, China
reuters
13 de Dezembro de 2018 às 07:52
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A China avançou com a detenção de um cidadão do Canadá com ligações à Coreia do Norte, avança a Bloomberg esta quinta-feira, 13 de Dezembro. Este é o segundo canadiano que é detido depois da CFO da Huawei e filha do fundador da tecnológica chinesa, Wanzhou Meng, ter sido detida em território canadiano a pedido dos EUA.

Chama-se Michael Spavor, é um "fixer" (facilitador) especialista na Coreia do Norte e foi o responsável pela visita do ex-basquetebolista Dennis Rodman ao país liderado por Kim-Jong Un. O canadiano estava prestes a voar de uma cidade chinesa para Seul, a capital da Coreia do Sul, quando foi detido pelas autoridades chinesas para ser questionado. 

O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Canadá adiantou que Spavor foi questionado pelos agentes chineses e desde então terá desaparecido. A detenção aconteceu esta segunda-feira, 10 de Dezembro, por "actividades suspeitas de afectar a segurança do Estado [chinês]", segundo o Northeast News, um website controlado pela propaganda estatal. 

As duas detenções na China surgem depois de Pequim ter ameaçado o Canadá de "consequências sérias" após a detenção de Meng Wanzhou a 1 de Dezembro. O Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês chegou mesmo a dizer que o Canadá iria "suportar a responsabilidade total" desse acto. Anteriormente, o ex-diplomata candiano Michael Kovrig já tinha sido detido. 

Contudo, estas detenções são interpretadas como uma reacção menos musculada para não ferir as negociações comerciais que decorrem até ao final de Março com os Estados Unidos. "Ir atrás de alvos pequenos é ironicamente um sinal positivo de que Pequim não quer que a detenção da Huawei inviabilize as tréguas", refere a especialista na China da Universidade de Cornell, Jessica Chen Weiss, ao Financial Times. 

Esta semana Wanzhou Meng pagou a fiança para sair da prisão. No entanto, a sua extradição para a China ainda está pendente nos tribunais canadianos.
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