Notícia
Bélgica prepara-se para reduzir semana de trabalho a quatro dias
Governo belga tem estado em conversações com os parceiros de coligação para avançar com um modelo semelhante ao testado na Irlanda. Executivo chefiado por Alexander de Croo espera implementar novo modelo já em 2022.
A Bélgica está a preparar-se para anunciar ainda este fim de semana uma possível redução da semana de trabalho para quatro dias. Com a Irlanda rendida ao novo modelo de trabalho, o Governo belga está a trabalhar num acordo semelhante, e espera avançar com a medida já no próximo ano.
Um porta-voz do vice primeiro-ministro e ministro da Economia e do Trabalho belga, Pierre-Yves Dermagne, avançou à Euronews que a proposta está "atualmente a ser discutida no Governo federal belga", como parte de um programa de reformas mais aprofundadas que serão implementadas no mercado de trabalho.
Depois de a pandemia ter mudado radicalmente a maneira de trabalhar, o Governo federal da Bélgica considera que a redução da semana de trabalho a quatro dias irá contribuir para trazer "mais flexibilidade" na organização do mercado laboral. A medida tem o apoio dos sete partidos que compõem a coligação que governar o país.
A proposta que está a ser considerada pela coligação belga, apelidada de 'Vivaldi', é que a atual semana de trabalho de 38 a 40 horas seja condensada em quatro dias, o que significará trabalhar o mesmo número de horas por semana mas em menos dias. O Governo garante, porém, que "não tem intenção" de tornar esse modelo obrigatório.
A nova legislação deverá conter ainda disposições para salvaguardar o "direito a desligar", bem como as regras de registo do tempo de trabalho feito. Assim que a proposta estiver acertada entre os partidos da coligação governativa, serão fechados os detalhes da mudança com os patrões e sindicatos.
"Serão conhecidos detalhes com mais clareza no domingo ou na segunda-feira em relação à proposta", diz a mesma fonte do Ministério de Pierre-Yves Dermagne.
A redução da semana de trabalho para quatro dias foi testada na Islândia em 2017 e 2015 e os resultados foram "um sucesso esmagador". Os trabalhadores mostraram-se menos stressados e o risco de esgotamento foi reduzido, sem qualquer efeito negativo na produtividade nem na qualidade da prestação dos serviços.
Um porta-voz do vice primeiro-ministro e ministro da Economia e do Trabalho belga, Pierre-Yves Dermagne, avançou à Euronews que a proposta está "atualmente a ser discutida no Governo federal belga", como parte de um programa de reformas mais aprofundadas que serão implementadas no mercado de trabalho.
A proposta que está a ser considerada pela coligação belga, apelidada de 'Vivaldi', é que a atual semana de trabalho de 38 a 40 horas seja condensada em quatro dias, o que significará trabalhar o mesmo número de horas por semana mas em menos dias. O Governo garante, porém, que "não tem intenção" de tornar esse modelo obrigatório.
A nova legislação deverá conter ainda disposições para salvaguardar o "direito a desligar", bem como as regras de registo do tempo de trabalho feito. Assim que a proposta estiver acertada entre os partidos da coligação governativa, serão fechados os detalhes da mudança com os patrões e sindicatos.
"Serão conhecidos detalhes com mais clareza no domingo ou na segunda-feira em relação à proposta", diz a mesma fonte do Ministério de Pierre-Yves Dermagne.
A redução da semana de trabalho para quatro dias foi testada na Islândia em 2017 e 2015 e os resultados foram "um sucesso esmagador". Os trabalhadores mostraram-se menos stressados e o risco de esgotamento foi reduzido, sem qualquer efeito negativo na produtividade nem na qualidade da prestação dos serviços.
Em países como o Japão e Espanha, o modelo tem vindo também a ser testado e, em Portugal, há já algumas empresas a aplicarem o modelo, como é o caso da tecnológica Feedzai e da consultora Doutor Finanças.