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Banco Mundial disponível para aumentar apoio financeiro para projectos em Angola

O vice-presidente do Banco Mundial para África mostrou disponibilidade para reforçar o apoio financeiro atribuído a Angola. Novo presidente angolano fez esta quarta-feira as primeiras acreditações de embaixadores colocados em Angola.

1º Luanda (Angola)
01 de Novembro de 2017 às 14:42
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O Banco Mundial manifestou-se esta quarta-feira disponível para aumentar o apoio financeiro a Angola, actualmente avaliado em 1.065 milhões de dólares (915 milhões de euros), para os sectores da educação, saúde, agricultura e energia e águas.

A intenção foi hoje expressa, em Luanda, pelo vice-presidente do Banco Mundial para África, Makhtar Diop, num encontro que manteve com o ministro das Finanças de Angola, Archer Mangueira, e outros membros do Governo angolano destes sectores.

No final, em declarações à imprensa, Makhtar Diop referiu que o encontro serviu para passar em revista a cooperação com o Governo angolano, que classificou como "muito boa".

Segundo Makhatar Diop, foi abordada particularmente a "possibilidade de um apoio orçamental entre o Banco Mundial e o Governo angolano", além dos apoios para os sectores da educação, saúde, energia e agricultura, mas sem quantificar.

"O valor será discutido depois, agora foi mais uma discussão de princípio de um apoio orçamental entre o Banco Mundial e Angola, o montante desse apoio orçamental será definido no futuro, mas o mais importante é que há vontade do Banco Mundial de apoiar o Governo de Angola e de aumentar significativamente o nível de recursos do Banco Mundial", disse.

Makhatar Diop sublinhou que está aberta uma janela na cooperação que se traduz na oportunidade de trabalhar em objectivos práticos para atingir algumas metas traçadas pelas autoridades angolanas, como o aumento do acesso à educação, a redução da mortalidade infantil ou o aumento do acesso à energia e água à população.

"Todas essas metas que o Governo definiu, vamos implementar juntos e fazer um plano prático para atender este tipo de metas", frisou.

Por sua vez, Archer Mangueira considerou "uma boa notícia" o interesse do Banco Mundial em "ampliar o seu engajamento financeiro" nos domínios que tem estado a apoiar os projectos do Governo angolano.

"O Banco Mundial tomou conhecimento do programa intercalar aprovado pelo executivo, bem como das metas que estão definidas por vários sectores. Essa parceria vai no sentido de auxiliar o Governo angolano na concretização dessas metas por sectores e também na obtenção dos resultados esperados", disse.

"Estamos muito agradados pelo facto de se abrir uma janela de oportunidade, não só em relação na ampliação da cooperação já existente, mas como na possibilidade de um apoio financeiro ao orçamento", reforçou.

Archer Mangueira salientou que o Governo angolano solicitou ao Banco Mundial a realização de um estudo de diagnóstico que identifique as ineficiências que existem em Angola sobre o desenvolvimento do sector privado, bem como a indicação de soluções para melhorar o ambiente de negócios, necessário para o desenvolvimento do sector privado.

De acordo com Archer Mangueira, há uma predisposição de o banco elaborar esse estudo, tendo como referências pesquisas, bem sucedidas, já realizadas noutros países, cuja realidade económica não é muito diferente da angolana.

"Também houve o entendimento de eles participarem na regulamentação da nossa Lei de Parceria Público Privada, tendo em conta a necessidade de contarmos com essa modalidade para a realização até de investimentos públicos, mas numa perspectiva também de nunca pôr em causa os interesses do Estado", salientou.

O vice-presidente do Banco Mundial para África, que termina na quinta-feira uma visita de dois dias a Angola, de Revisão Estratégica de Integração Regional, foi também recebido pelo Presidente de Angola, João Lourenço.

Actualmente, a cooperação entre aquela instituição financeira mundial e Angola está focada em três eixos - assistência técnica, estudos e financiamentos de projectos.

Novo presidente angolano acredita primeiros embaixadores em Luanda

O Presidente angolano, João Lourenço, acreditou hoje embaixadores de seis países, entre os quais de São Tomé e Príncipe e Cabo Verde, o primeiro ato do género desde que se tornou chefe de Estado, a 26 de Setembro.

Na cerimónia que teve hoje lugar no Palácio Presidencial, em Luanda, apresentaram as cartas credenciais os novos embaixadores de São Tomé e Príncipe, Carlos dos Anjos, de Cabo Verde, Jorge de Figueiredo, de Espanha, Manuel Ruigomez, da Rússia, Vladimir Tarorov, da República do Congo, Chryst Engobo, e da Nigéria, Adesesan Olatunde.

Em declarações à impressa, no final do acto, o ministro das Relações Exteriores de Angola, Manuel Augusto, destacou o facto de ter sido esta a primeira cerimónia de acreditação de embaixadores presidida por João Lourenço.

"Não deixa de ser um marco assinalável e é ainda mais importante, porque os países que fizeram parte desse primeiro grupo são cada um, por razões próprias, países muito especiais para Angola", referiu.

Manuel Augusto destacou São Tomé, "um país cujos laços com Angola dispensam apresentações", e Cabo Verde, "país irmão e companheiro de luta".

Também a Rússia mereceu realce, considerado por Manuel Augusto "um país que foi fundamental" para a preservação da independência e soberania de Angola. "E que vê a sua relação com Angola traduzida em muitas áreas da nossa vida social e económica e, particularmente, com milhares de quadros angolanos que se formaram naquele país e que hoje contribuem para a nossa existência como Estado e Nação", salientou.

Relativamente a Espanha, Manuel Augusto classificou como "um país amigo, muito amigo, e que foi determinante naquele período conturbado de 1992".
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