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António Vitorino eleito líder da Organização Internacional para as Migrações
O advogado e ex-comissário europeu António Vitorino foi eleito secretário-geral da Organização Internacional para as Migrações. O português foi eleito na quinta ronda de votações. Governo português "congratula-se" com eleição de Vitorino.
Vitorino venceu em todas as rondas de votações e vai cumprir um mandato com duração prevista de cinco anos que terá início a partir do próximo dia 1 de Outubro. Já o norte-americano Ken Isaacs, que ficou em último em cada uma das rondas em que participou, foi eliminado na terceira ronda, pelo que pela primeira vez desde a década de 1960 haverá um líder da OIM de nacionalidade não norte-americana. O antigo governante e ex-comissário europeu para a Justiça sucede no cargo ao americano William Lacy Swing que cumpriu dois mandatos de cinco anos.
BREAKING: António Manuel de Carvalho Ferreira Vitorino elected as new Director General of IOM. pic.twitter.com/PNi72ItYWR
— IOM - UN Migration (@UNmigration) 29 de junho de 2018
Não é ainda conhecida a posição oficial da Casa Branca, dado que os Estados Unidos contribuem com cerca de metade do orçamento da organização multilateral. Recorde-se que recentemente os EUA se retiraram da Comissão dos Direitos Humanos das Nações Unidas. Esta era uma corrida que o Governo português antecipava como difícil, não só devido ao histórico de liderança da organização mas também porque a administração americanade DonaldTrump apostava forte na candidatura de Ken Isaacs.
Em comunicado enviado às redacções pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, "o Governo português congratula-se com a eleição de António Vitorino", considerando que esta eleição "demonstra a muito elevada relevância que Portugal atribui à temática e ao diálogo em matéria de migrações e à premente necessidade de serem encontradas soluções eficazes para os problemas migratórios no quadro internacional".
Ainda na última madrugada o Conselho Europeu chegou a acordo sobre um conjunto de intenções com vista à redução do fluxo migratório que utiliza o Mediterrâneo para chegar à Europa. A pretendida criação de plataformas de desembarque para os migrantes salvos ao largo do Mediterrâneo deverá ser prosseguida em cooperação com países terceiros, com a OIM e ainda com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR, instituição liderada por Guterres até à ida para a liderança da ONU).
(Notícia actualizada às 15:25)