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Alemanha e França criticam Trump. EUA acusam Canadá de os “apunhalar pelas costas”

A Alemanha realça que “a Europa unida é uma resposta à América Primeiro”, numa reacção às posições recentemente assumidas pelos EUA. Já Washington acusa o Canadá de os “apunhalar pelas costas”.

10 de Junho de 2018 às 16:38
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A reunião do G7 terminou com duras críticas. Alemanha e França criticaram Donald Trump por ter retirado o apoio ao comunicado do grupo dos sete, acusando-o de destruir a confiança e de actuar de forma inconsistente.

 

O Presidente dos Estados Unidos da América recusou apoiar o comunicado que foi emitido no final da reunião do G7, o grupo das sete maiores economias do mundo. A decisão surgiu depois de ter sido alvo de críticas por parte do primeiro-ministro do Canadá, o país anfitrião da reunião. Justin Trudeau considerou insultuosas as tarifas americanas. Donald Trump reagiu, através do Twitter considerando o responsável "muito desonesto e fraco".

 

Mais tarde, Larry Kudlow, conselheiro económico da Casa Branca, acusou Trudeau de trair os EUA, disse ainda que a sua posição revelou "amadorismo". Trudeau "deu uma conferência de imprensa e disse que os EUA são insultuosos. Ele disse que o Canadá tem de se defender. Disse que temos um problema com as tarifas. A parte não factual disto – eles têm tarifas enormes", acusou Kudlow num programa da CNN, citado pela Reuters. "Ele realmente como que nos apunhalou pelas costas", concluiu.

 

Esta quezila fez com que Trump se recusasse a apoiar o comunicado que saiu da reunião. A Alemanha e França reagiram, mantendo a sua posição. E apelam à união.

 

"Numa questão de segundos, pode-se destruir a confiança com 280 caracteres", através do Twitter, aponta o ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Heiko Maas. A posição de Trump "não foi realmente surpreendente, já assistimos a isto no acordo do clima ou no acordo do Irão", salientou em declarações aos jornalistas em Berlim, citado pela Reuters.

 

Fonte oficial da Presidência francesa salientou que qualquer pessoa que retirasse o apoio aos compromissos do G7 mostraria a sua "incoerência e inconsistência".

 

"A cooperação internacional não pode depender de se estar zangado e de ‘sound bites’. Vamos ser sérios", realçou o mesmo responsável francês, que falou sob a condição de anonimato.

 

O ministro dos Negócios Estrangeiros alemão realçou que "é preciso manter a cabeça fria" e a Europa precisa de se unir ainda mais. "A Europa unida é uma resposta à América Primeiro", salientou num tweet.

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