Notícia
Depois da S&P e Fitch, também Moody’s corta rating da Arábia Saudita
Segundo o Financial Times, esta é a primeira vez em duas décadas – desde que a empresa classifica a dívida saudita – que a Moody’s procede a um corte na sua classificação.
Em poucas semanas, a Arábia Saudita viu as três principais agências de notação internacionais cortarem o "rating" da sua dívida. Depois da S&P e da Fitch, este domingo foi a vez da Moody’s também rever em baixa a notação que atribui à dívida de Riade, cortando-a num nível, de Aa3 para A1, mantendo o "outlook" estável.
Segundo o Financial Times, esta é a primeira vez em duas décadas – desde que a empresa classifica a dívida saudita – que a Moody’s procede a um corte na classificação.
"Uma combinação de baixo crescimento, dívida elevada e almofadas financeiras reduzidas a nível doméstico e internacional deixam o reino menos bem posicionado para aguentar choques futuros", afirmou a agência este sábado.
A agência espera que o PIB saudita recue 5% em termos nominais este ano devido à queda dos preços do petróleo e só dentro de três anos regresse aos níveis a que estava antes da depreciação internacional do ouro negro, motivada pelo excesso de oferta.
Nos próximos cinco anos, o crescimento real do país deverá andar em torno de uma média de 2%, menos de metade dos 5% que se apresentavam entre 2011 e 2015.
Já o défice orçamental deverá encerrar este ano próximo dos 14,9% do PIB com que encerrou o ano passado. E para conseguir sustentar os 9,5% de défice médio anual esperado até 2020 o governo terá de se financiar em 324 mil milhões de dólares (286,7 mil milhões de euros).
Em causa estão medidas políticas, orçamentais e regulatórias que serão implementadas nos próximos 15 anos para que o maior produtor mundial de petróleo diminua o peso da matéria-prima na sua economia.