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Mudança de ministro não muda política petrolífera da Arábia Saudita

Mudou o ministro, mas não a política da Arábia Saudita sobre o mercado petrolífero. O novo ministro garante estabilidade nessas políticas.

Reuters
Negócios 08 de Maio de 2016 às 19:34
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O novo ministro do petróleo saudita não deverá alterar a política seguida pelo maior exportador do mundo dessa matéria-prima. Khalid Al-Falih, nomeado em substituição de Ali Al-Naimi, no seu primeiro dia no cargo declarou, este domingo, que manterá a política petrolífera do reino saudita.

 

O seu antecessor, segundo a Bloomberg, deu prioridade a uma política de vendas em vez de preços, desde 2014, o que resultou na saída do mercado de alguns dos produtores norte-americanos, ainda que os preços tenham, também eles, caído. A Arábia Saudita aumentou a produção, levando a um excedente nos mercados. Os preços estão a começar a recuperar. Este ano seguem com uma subida de 60% face ao mínimo de 12 anos registado em Janeiro.

A Arábia Saudita escreve a Bloomberg, citando analistas da NBD PJSC e Qamar Energy, deve atingir um recorde de produção de mais de 10,5 milhões de barris diários, se aumentar o débito durante o pico de consumo nos meses de Verão.


Em Abril, o país já produziu 10,27 milhões de barris por dia. É o maior exportador mundial e o segundo maior em reservas petrolíferas.

"A Arábia Saudita manterá as políticas de petróleo estáveis. Continuamos comprometidos em manter o nosso papel nos mercados internacionais de energia e fortalecer a nossa posição como fornecedor de energia mais fiável", declarou Al-Falih num comunicado este domingo. "Estamos empenhados em satisfazer a procura atual e adicional por parte dos nossos clientes mundiais", assegurou.

 

Al-Falih, que tem liderado a empresa petrolífera estatal Aramco, tem apoiado a política seguida até aqui, relembram os analistas. "Há um novo rei, um novo poder por detrás do trono e agora temos um novo ministro", lembrou Robin Mills, presidente executivo da Qamar Energy em declarações à Bloomberg.

Al-Falih terá de apresentar as suas posições aos restantes membros da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) quando no próximo dia 2 de Junho se reunirem.

Há, no entanto, quem acredite que o novo ministro pode tomar uma linha mais dura, confirmando a política de quota de mercado saudita dentro da OPEP. A Bloomberg lembra que Al-Falih é aliado do príncipe Mohammed bin Salman.

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