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Trump encontra-se com presidente da China na próxima semana na Florida

As autoridades chinesas confirmaram que o presidente Xi Jinping vai deslocar-se aos EUA para encontrar-se com o presidente americano. O encontro dos dois líderes vai ter lugar na residência de férias de Trump na Florida.

DR
30 de Março de 2017 às 11:24
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O presidente chinês, Xi Jinping vai deslocar-se na próxima semana aos Estados Unidos para encontrar-se com Donald Trump. O encontro entre os dois líderes mundiais vai realizar-se em Mar-a-Lago, a residência de férias do presidente norte-americano na Flórida, a 6 e 7 de Abril. Em meados deste mês já tinham surgido notícias que avançavam a possibilidade de um encontro entre Xi Jinping e Donald Trump em Abril. Agora, o ministro dos Negócios Estrangeiros da China confirmou a deslocação do presidente aos EUA para uma cimeira a dois com Trump, segundo a Reuters.

Anteriormente, Pequim tinha admitido que estava a ser realizado trabalho preparatório com vista à realização de um encontro, apesar da viagem não ter sido confirmada até agora.

Não foram revelados detalhes sobre os temas que vão estar em cima da mesa, mas o porta-voz do ministro dos Negócios Estrangeiros salientou, na conferência de imprensa diária, que existe a necessidade de olhar para o panorama geral enquanto são incentivadas as relações comerciais mútuas.

"Os dois lados devem trabalhar em conjunto para tornarem o bolo dos interesses mútuos maior e não simplesmente procurar uma distribuição mais equitativa", afirmou Lu Kang, porta-voz do ministro dos Negócios Estrangeiros.

Além disso, este encontro ocorre numa altura em que há alguns temas internacionais relevantes para os dois países, como a Coreia do Norte e as disputas comerciais no Mar do Sul da China.

Ainda a 19 de Março, o presidente norte-americano Donald Trump criticou a atitude do líder norte-coreano, Kim Jong Un, e acusou-o de estar a "agir mal, muito mal." As declarações foram feitas depois de no fim-de-semana Pyongyang ter feito mais um ensaio com o disparo de um míssel. Um novo evento a acrescentar tensão na península da Coreia, numa altura em que decorriam conversações ao mais alto nível entre a China e os EUA em Pequim envolvendo Rex Tillerson, o secretário de Estado norte-americano. Na China, Tillerson disse que ambos os países concordaram em que a situação "atingiu um nível perigoso" na península e as duas maiores economias do mundo comprometeram-se em trabalhar para que Pyongyang tome "um caminho diferente" e se afaste do programa de armas.

Este encontro surge depois de, durante a campanha eleitoral, Trump ter tecido críticas duras à China. Entretanto, a 10 de Fevereiro, Donald Trump garantiu ao presidente chinês, Xi Jinping, que há muito que apoia a política "Uma só China", que tem por base o princípio que existe apenas uma China e regiões como Hong Kong, Macau e Taiwan integram o país.


A Casa Branca informou, na altura, que o presidente norte-americano revelou este apoio na primeira chamada telefónica que realizou com o seu homólogo chinês. "Os dois líderes discutiram vários tópicos e o presidente Trump concordou, a pedido do presidente Xi, em honrar a política 'Uma só China'", revelou a Casa Branca, em comunicado citado pela Bloomberg. Os dois presidentes "também apresentaram convites para conhecerem os respectivos países. O presidente Trump e o presidente Xi aguardam com expectativa mais conversas com resultados positivos".


A televisão estatal chinesa, a China Central Television, citada pela mesma fonte, acrescenta que o presidente chinês salientou a necessidade de os dois lados aumentaram a cooperação. Xi Jinping apontou que o país está disponível para impulsionar os laços com os EUA em questões como comércio, investimento tecnologia, energia e infra-estruturas. Além disso, e de acordo com a televisão estatal, o presidente do gigante asiático referiu que ambas as nações devem melhorar a comunicação em questões como assuntos internacionais e militares.

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