Notícia
Quem vota em quem nas eleições do Brasil
Homem, branco, rendimento elevado, escolaridade alta, vivendo no Sul do país. Este é o retrato robô do eleitor de Jair Bolsonaro, que é possível tirar a partir dos dados da sondagem do Ibope encomendada pela Globo e pelo jornal Estado de São Paulo. Do outro lado, estão os muito pobres e desqualificados, que vivem no Nordeste do país. Bolsonaro vence em quase todas as categorias, até naquelas que foram vítimas do seu discurso mais visceral: mulheres e negros. Em termos globais, Bolsonaro e Haddad têm, respectivamente, 57% e 43% das intenções de votos válidos.
Homens estão com Bolsonaro
Apenas 33% dos homens tenciona votar em Haddad, ao passo que o capitão reformado recolhe 56% das intenções de voto. Nas mulheres, a disputa é mais renhida, mas mesmo aí Bolsonaro leva a melhor: 44% votariam neste candidato, contra 40% de Haddad.
Jovens e velhos com o capitão
Jair Bolsonaro leva a taça em todos os escalões etários. É na meia-idade, entre os 45 e 54 anos que a resistência a este candidato é maior. Pelo contrário, é entre oa 25 e os 44 anos que Bolsonaro reúne mais apoio. Entre os mais novos e mais velhos, é idêntico.
Desqualificados com Haddad
É dos poucos segmentos em que Haddad leva a melhor: 47% das pessoas com menos estudos votam no candidato do PT, uma diferença de 12 pontos. Quanto maior a escolaridade, melhor para Bolsonaro. Escolaridade e rendimento andam de mãos dadas.
Pobres gostam mais de Haddad
Em matéria de rendimentos, só os muito pobres é que preferem o candidato do PT. 52% dos que ganham até um salário mínimo votam Haddad, contra 36% em Haddad. O apoio ao capitão reformado do exército vai sempre a subir com o rendimento.
Nordeste: o bastião do PT
Se dependesse do Nordeste do país, Fernando Haddad seria presidente do Brasil. Mas as outras grandes regiões não concordam: todas preferem Bolsonaro e por uma diferença maior. No Sul, região mais rica do Brasil, Bolsonaro tem o dobro da votação de Haddad.
Evangélicos têm fé em Bolsonaro
Dois terços dos brasileiros são católicos e aí Bolsonaro ganha, mas por pouco. É entre os evangélicos (20% da população) que a sua força é esmagadora, recolhendo o dobro dos votos do seu adversário. Nas outras religiões, Haddad também perde.
Brancos com Bolsonaro
Em matéria de cor de pele, não há dúvidas sobre a preferência dos eleitores brancos. Porém, a luta é mais renhida entre os eleitores negros ou mulatos onde há quase um empate técnico. Nas outras "raças", Bolsonaro vence segundo o IBOPE.