A economia brasileira registou um crescimento de 0,9% em 2012, um valor abaixo das expectativas dos mercados e do Banco Central, segundo o “Info Money”. O último trimestre de 2012 foi mais positivo para a economia do Brasil, com um crescimento de 0,6% face ao anterior, e de 1,4% face ao período homólogo.

Por outro lado, a Bloomberg e o banco Itaú previam um crescimento mais baixo daquele que se veio a verificar, de 0,8 e 0,7%, respectivamente.

O sector dos serviços foi o que mais puxou a economia, com um crescimento de 2,2% no último trimestre de 2012, em comparação com o período homólogo. A indústria, que registava um estagnamento, subiu 0,1%, e a agropecuária contraiu 7,5%.

Na sua mensagem ao Congresso no início do ano, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o crescimento do PIB em 2012 iria ficar aquém do esperado.

“Embora não tenha sido suficiente para salvar o fim do ano, um crescimento de 0,8% a 1% no quarto trimestre já significa um ritmo anual na fasquia de 3 a 4%, o que é um número já bem mais forte do que nos cinco trimestres anteriores, quando a economia praticamente andou de lado”, disse Bráulio Borges, economista-chefe da área de macroeconomia da LCA Consultores, ao “iG”, apostando num crescimento de 1,8% nos três últimos meses de 2012 e de 1% no acumulado do ano.

Na projecção para 2013, os economistas acreditam numa expansão da agropecuária e da actividade industrial. A expectativa do Itaú é de que o PIB possa registar um crescimento de cerca de 3%.