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Greves nos EUA atingem máximo do século

A maior economia mundial enfrentou no ano passado 33 "greves significativas", o número mais elevado desde 2000. No total, foram quase 460 mil os trabalhadores que recorreram a esta forma de protesto.

Evelyn Hockstein / Reuters
Negócios com Reuters 21 de Fevereiro de 2024 às 19:14
Desde 2000 que os Estados Unidos não registavam um número tão elevado de greves como no ano passado, indicam os dados divulgados esta quarta-feira pelo Departamento norte-americano do Trabalho. As 33 "greves significativas" - paralisações com pelo menos mil trabalhadores durante um mínimo de um turno durante os dias úteis - são quase o dobro da média de 16,7 greves por ano registada nas duas últimas décadas.

Os sindicatos norte-americanos convocaram numerosas paralisações em 2023 reivindicando aumentos salariais elevados - num contexto de inflação alta -, mais benefícios e melhores condições de trabalho.

Uma das greves mais mediáticas foi a convocada pelo United Auto Workers (UAW), sindicato dos trabalhadores da indústria automóvel, que se prolongou por seis semanas e culminou com aumentos salariais acordados com Ford, General Motors (GM) e Stellantis. A greve foi a mais longa da UAW desde 1998, quando convocou uma paralisação na GM.

Segundo os dados oficiais, 458.900 trabalhadores participaram numa greve no ano passado, cabendo a "fatia de leão" ao setor dos serviços: 397.700 trabalhadores, com particular destaque para a educação e saúde.

Na indústria, foram 61.200 os operários a aderirem às paralisações, enquanto no setor público um total de 91.100 trabalhadores participaram em greves.

O forte aumento desta forma de luta por parte dos sindicatos ocorreu na antecâmara da corrida eleitoral para as presidenciais de novembro deste ano.
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