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Fed acrescenta munições ao programa de compra de dívida

A Reserva Federal decidiu reforçar o programa de estímulos à economia norte-americana.

12 de Dezembro de 2012 às 18:32
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A Reserva Federal norte-americana anunciou, no final da reunião desta quarta-feira, que vai comprar o equivalente a 45 mil milhões de dólares de títulos do Tesouro por mês, a partir de Janeiro próximo, alargando assim, uma vez mais, o seu actual programa de compra de activos.

“O comité continua a recear que, sem uma suficiente política acomodatícia, o crescimento económico possa não ser suficientemente forte para gerar melhorias sustentadas nas condições do mercado laboral”, referiu o Comité de Operações no Mercado Aberto [FOMC, na sigla em inglês] na sua declaração após a reunião da Fed em Washington.

A Fed disse também que os juros se manterão em níveis baixos, “pelo menos enquanto a taxa de desemprego se mantiver acima de 6,5%”. Se a inflação estimada para 2013 e 2014 não superar os 2,5%, isso será igualmente razão para a taxa de juro directora permanecer nos actuais mínimos históricos (entre 0% e 0,25%) que vigoram desde finais de 2008.

O presidente da Reserva Federal, Ben Bernanke, tem estado a liderar a terceira ronda de medidas de estímulo à economia norte-americana [o chamado “quantitative easing”, agora QE3], visando a aceleração da criação de empregos para os 12,1 milhões de norte-americanos actualmente sem trabalho.

Bernanke tem usado assim a sua autoridade ilimitada para comprar dívida, num esforço sem precedentes para fomentar o crescimento e reduzir o desemprego, actualmente nos 7,7%, sublinha a Bloomberg.

Esta compra anunciada hoje vem juntar-se às compras já existentes de 40 mil milhões de dólares por mês de activos endossados a hipotecas.

O accionamento destas compras adicionais seguir-se-á à expiração, no final do ano, da Operação Twist anunciada em Setembro do ano passado. Nessa altura, a Fed anunciou que iria vender 400 mil milhões de dólares de obrigações de curto prazo e comprar dívida de longo prazo no mesmo valor. Por isso mesmo é que recebeu o nome de Operação Twist, uma vez que substituía as maturidades mais curtas por prazos mais longos. O objectivo, ao comprar dívida de longo prazo, foi criar pressão compradora nessas maturidades, de modo a fazer descer os juros sobre essas mesmas obrigações.

Em Setembro deste ano, a Fed voltou a anunciar mais uma ronda de estímulos à economia, com uma renovação da Operação Twist.

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