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EUA surpreendem com crescimento de 3,2% no primeiro trimestre
O crescimento do PIB dos Estados Unidos acelerou de 2,2% no quarto trimestre de 2018 para 3,2% nos primeiros três meses deste no, superando a generalidade das previsões.
A economia dos Estados Unidos cresceu mais do que era esperado no arranque deste ano, impulsionada pela subida dos inventários e pelo comércio, num período marcado pelas tréguas comerciais entre Washington e Pequim.
Segundo os dados divulgados esta sexta-feira, 26 de abril, pelo Departamento do Comércio, o crescimento do PIB acelerou de 2,2% no último trimestre de 2018 para 3,2% nos primeiros três meses deste ano. O resultado supera largamente as estimativas dos analistas, que variavam entre 1,5% e 2,3%.
No entanto, parte da aceleração poderá ser explicada pelo efeito conjunto de dois componentes temporários e tipicamente voláteis – a subida dos inventários e a queda ds importações – que se deverão desvanecer ao longo do ano. Entre janeiro e março, o seu efeito conjunto, porém, deu o maior impulso ao PIB desde 2013, segundo a Bloomberg.
Os gastos dos consumidores, que representam a maior parte da economia, subiram apenas 1,2% e o investimento das empresas abrandou.
Também o crescimento do índice de preços que mede as despesas de consumo pessoal – a medida de inflação preferida da Fed – abrandou para 1,3%, bem abaixo da meta de 2% do banco central.
Esta que foi a primeira aceleração do crescimento desde meados de 2018 aconteceu apesar de grande parte do mês de janeiro ter ficado marcado pelo shutdown do governo que subtraiu 0,3 pontos percentuais à subida trimestral do PIB, devido ao seu impacto na evolução da atividade dos serviços.
No conjunto de 2018, a economia norte-americana cresceu 2,9% - o mais forte crescimento desde 2015 – depois da subida do PIB de 2,2% em 2017. Ficou assim ligeiramente abaixo da meta traçada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de um crescimento de 3% ao ano.
Apesar deste forte arranque de ano, a Fed está cautelosa nas suas projeções para 2019, e sinalizou mesmo que o banco central não só vai parar o processo de normalização monetária, como poderá mesmo descer os juros, caso se justifique.
(Notícia atualizada às 14:08)