Notícia
EUA: Portugal ainda sem novo embaixador
À semelhança do que ainda acontece com mais de 60 países ou organizações, o lugar destinado a embaixador em Portugal continua vago. Não há nomeado nem se sabe quando haverá.
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Ao fim de 100 dias de mandato de Donald Trump na Casa Branca, os Estados Unidos ainda não indicaram um novo embaixador ou embaixadora para Portugal. Nem se sabe quando o farão.
Desde 20 de Janeiro - data da tomada de posse de Trump - que a posição de embaixador em Portugal se encontra vaga, depois de Robert A. Sherman – que esteve quase três anos na função – ter deixado o cargo, num procedimento normal sempre que a Casa Branca muda de cor política.
É a Herro Mustafa, vice-chefe de missão em Portugal, que está desde essa data entregue a representação diplomática no país, assumindo assim as funções de encarregada de negócios. Mustafa conta, no currículo, com passagem pela Índia, tendo também sido conselheira do antigo vice-presidente norte-americano, Joe Biden.
Contactada pelo Negócios, fonte da embaixada confirmou que até ao momento não foi nomeado um novo embaixador e que não há data prevista para que tal aconteça.
Portugal está longe de ser caso único: há mais 66 países ou organizações para os quais ainda continua a faltar um embaixador indicado pelos Estados Unidos, de acordo com o site do Departamento de Estado. São os casos, por exemplo, de Espanha, Alemanha, França, Santa Sé, Kuwait ou Canadá. Para o país vizinho, uma das hipóteses que circulavam em Março era a de Duke Buchan, um investidor da Flórida.
Cabe à comissão de relações internacionais do Senado dos EUA a aprovação dos nomes dos embaixadores, após realização de audição – tal como aconteceu com o próprio secretário de Estado, Rex Tillerson. Depois de confirmado o nome do embaixador, é marcada a data de apresentação de credenciais ao Presidente da República de Portugal.
Segundo a CNN, o Departamento de Estado adiou para Maio as sessões de preparação para nomeados para futuros embaixadores que já tenham passado no crivo da Casa Branca. A cadeia de televisão dá conta da demora na indicação de nomes, que normalmente resultam de uma recompensa pelo apoio dado na eleição, o que estará a deixar nervosos muitos dos doadores na campanha. Antes dos embaixadores, a administração Trump ainda tem de indicar segundas linhas para os departamentos, o equivalente aos ministérios nos EUA.
Nikki R. Haley, a embaixadora na ONU, foi ouvida a 18 de Janeiro e o de Israel - David Friedman, entretanto confirmado neste cargo - a 16 de Fevereiro. Os embaixadores para o Congo, Guiné-Bissau, Senegal foram ouvidos a 26 de Abril. Para 2 de Maio está marcada a audição de Terry Branstad, a proposta da administração Trump para embaixador extraordinário e plenipotenciário na China. Japão e Nova Zelândia também já têm nomeados.
Uma página gerida pelo Washington Post, que monitoriza as nomeações feitas até ao momento pela administração Trump, também aponta como inexistente uma indicação para a posição na embaixada em Lisboa. O processo de indicações estará, segundo a CNN, a ser conduzido pelo vice-presidente, Mike Pence e por um assessor político.
O antigo embaixador, Robert Sherman, tinha sido nomeado em Julho de 2013, sucedendo a Allan Katz, que estava no cargo desde 2010. Durante a sua presença em Portugal estabeleceu uma ligação muito próxima com o país, que o levou, durante o campeonato europeu de futebol de 2016, a apoiar a selecção nacional através de vários vídeos e de desafios que fazia a colegas seus colocados noutras representações diplomáticas.
Em Março passado, o Presidente da República condecorou o então ainda embaixador com a Grã-Cruz da Ordem Infante D. Henrique. À semelhança dos representantes dos EUA que lhe antecederam nos últimos 20 anos em Lisboa, Sherman foi um embaixador político e não diplomata de carreira.
Desde 20 de Janeiro - data da tomada de posse de Trump - que a posição de embaixador em Portugal se encontra vaga, depois de Robert A. Sherman – que esteve quase três anos na função – ter deixado o cargo, num procedimento normal sempre que a Casa Branca muda de cor política.
Contactada pelo Negócios, fonte da embaixada confirmou que até ao momento não foi nomeado um novo embaixador e que não há data prevista para que tal aconteça.
Portugal está longe de ser caso único: há mais 66 países ou organizações para os quais ainda continua a faltar um embaixador indicado pelos Estados Unidos, de acordo com o site do Departamento de Estado. São os casos, por exemplo, de Espanha, Alemanha, França, Santa Sé, Kuwait ou Canadá. Para o país vizinho, uma das hipóteses que circulavam em Março era a de Duke Buchan, um investidor da Flórida.
Cabe à comissão de relações internacionais do Senado dos EUA a aprovação dos nomes dos embaixadores, após realização de audição – tal como aconteceu com o próprio secretário de Estado, Rex Tillerson. Depois de confirmado o nome do embaixador, é marcada a data de apresentação de credenciais ao Presidente da República de Portugal.
Segundo a CNN, o Departamento de Estado adiou para Maio as sessões de preparação para nomeados para futuros embaixadores que já tenham passado no crivo da Casa Branca. A cadeia de televisão dá conta da demora na indicação de nomes, que normalmente resultam de uma recompensa pelo apoio dado na eleição, o que estará a deixar nervosos muitos dos doadores na campanha. Antes dos embaixadores, a administração Trump ainda tem de indicar segundas linhas para os departamentos, o equivalente aos ministérios nos EUA.
Nikki R. Haley, a embaixadora na ONU, foi ouvida a 18 de Janeiro e o de Israel - David Friedman, entretanto confirmado neste cargo - a 16 de Fevereiro. Os embaixadores para o Congo, Guiné-Bissau, Senegal foram ouvidos a 26 de Abril. Para 2 de Maio está marcada a audição de Terry Branstad, a proposta da administração Trump para embaixador extraordinário e plenipotenciário na China. Japão e Nova Zelândia também já têm nomeados.
Uma página gerida pelo Washington Post, que monitoriza as nomeações feitas até ao momento pela administração Trump, também aponta como inexistente uma indicação para a posição na embaixada em Lisboa. O processo de indicações estará, segundo a CNN, a ser conduzido pelo vice-presidente, Mike Pence e por um assessor político.
O antigo embaixador, Robert Sherman, tinha sido nomeado em Julho de 2013, sucedendo a Allan Katz, que estava no cargo desde 2010. Durante a sua presença em Portugal estabeleceu uma ligação muito próxima com o país, que o levou, durante o campeonato europeu de futebol de 2016, a apoiar a selecção nacional através de vários vídeos e de desafios que fazia a colegas seus colocados noutras representações diplomáticas.
Em Março passado, o Presidente da República condecorou o então ainda embaixador com a Grã-Cruz da Ordem Infante D. Henrique. À semelhança dos representantes dos EUA que lhe antecederam nos últimos 20 anos em Lisboa, Sherman foi um embaixador político e não diplomata de carreira.