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EUA podem entrar em "default" já em agosto, alerta Congresso
O Departamento do Tesouro tem recorrido a manobras contabilísticas especiais desde 21 de janeiro para evitar quebrar o teto da dívida, de 36,1 biliões de dólares.
O governo dos Estados Unidos pode ficar sem dinheiro para pagar todas as suas contas já em agosto, alertou esta quarta-feira o Gabinete de Orçamento do Congresso (CBO). O risco de uma situação de "default" só será evitado se forem aprovados ou um aumento ou uma suspensão do limite da dívida.
Desde 21 de janeiro que o Departamento do Tesouro tem recorrido a manobras especiais contabilísticas para evitar ultrapassar o teto da dívida, fixado em 36,1 biliões de dólares e que vigora desde o início do ano. No entanto, adverte o Gabinete, o Tesouro não deu ainda qualquer indicação de quando estas manobras serão esgotadas.
"Se o teto da dívida permanecer inalterado, a capacidade do governo se endividar através de medidas extraordinárias será provavelmente esgotada em agosto ou setembro", refere o CBO.
"A data para o esgotamento dessa capacidade é incerta devido ao 'timing' e montante da colecta de receitas, que poderá ser diferente das projeções do CBO", acrescenta o comunicado.
"Se as necessidades de financiamento do governo forem significativamente superiores às projetadas pelo CBO, os recursos do Tesouro poderão esgotar-se em finais de maio ou inícios de junho, antes de entrarem nos cofres as receitas de impostos previstas para meados de junho ou antes de que novas medidas adicionais estejam disponíveis, a 30 de junho", alerta ainda.
O secretário do Tesouro, Scott Bessent, assegurou perante o Congresso que os EUA "não entrariam em incumprimento" enquanto ele estiver à frente do Departamento.
Os republicanos na Casa dos Representantes têm insistido para que seja incluído na legislação um aumento do limite da dívida, o que permitira ao Presidente, Donald Trump, prolongar as reduções de impostos que ele próprio aprovou em 2017 e que, na sua maioria, expiram este ano.