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China avisa Trump sobre consequências de questionar princípio de "Uma só China"

O MNE chinês avisou que se o reconhecimento do princípio da China una for "comprometido ou rompido, o crescimento saudável e sólido das relações entre a China e EUA, assim como a cooperação bilateral em questões importantes, estará fora de questão".

A quinta posição é ocupada pelo secretário-geral do Partido Comunista Chinês, Xi Jinping. Segundo a Forbes o líder chinês “lutou mais do que os seus antecessores contra a corrupção e a favor de maiores alianças na área económica e na área da segurança”.
Bloomberg
12 de Dezembro de 2016 às 11:27
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A China está "seriamente preocupada" com a sugestão feita pelo Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, de que poderá contestar a política "Uma só China", se Pequim não fizer concessões no comércio e em outras áreas.

O reconhecimento daquele princípio, visto por Pequim como uma garantia de que Taiwan é parte do seu território, "afecta a soberania da China", lembrou hoje o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Geng Shuang.

Caso seja "comprometido ou rompido, o crescimento saudável e sólido das relações entre a China e EUA, assim como a cooperação bilateral em questões importantes, estará fora de questão", afirmou.

"Apelamos a que o novo líder e o Governo dos EUA estejam bem claros sobre a seriedade da questão de Taiwan, e que prossigam com o princípio de 'Uma só China'", acrescentou.

Desde que reconheceu a República Popular da China, em 1979, Washington aderiu àquela política, mantendo apenas relações de carácter não oficial com Taiwan e aceitando Pequim como a capital da China.

A lei dos Estados Unidos exige, no entanto, que o país garanta que Taiwan tem meios para se defender e que trate as ameaças à ilha como uma questão "muito importante".

Depois de a guerra civil chinesa ter acabado, com a vitória do Partido Comunista da China (PCC), o antigo Governo nacionalista (Kuomintang) refugiou-se na ilha de Taiwan, onde continua a identificar-se como governante de toda a China.

Pequim considera Taiwan uma província chinesa e defende a "reunificação pacífica", mas ameaça "usar a força" se a ilha declarar independência.

Os comentários de Geng são a reacção mais forte às críticas de Trump sobre a política dos EUA para Taiwan.

A China tinha já condenado a decisão do próximo Presidente dos EUA em aceitar a chamada telefónica da Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, quebrando com 40 anos de protocolo da diplomacia norte-americana.

A China considera um insulto grave qualquer referência ao líder de Taiwan como "chefe de Estado".

Na rede social Twitter, Trump acusou ainda a China de manipulação da moeda, impor impostos injustos aos produtos norte-americanos e provocar tensões no Mar do Sul da China.

No domingo, o magnata afirmou que não entende por que motivo é preciso estar "amarrado à política 'Uma só China'", a menos que seja feito "um acordo com a China sobre outras coisas, incluindo no comércio".

Trump disse que a conversa com Tsai foi "muito agradável" e serviu apenas para o congratular pela vitória nas eleições presidenciais.

"Porque deveria outro país estar autorizado a dizer que não posso receber uma chamada", apontou.

"Para ser honesto, penso que teria sido muito desrespeitador se rejeitasse", disse.

Horas após a entrevista, o Global Times, jornal em língua inglesa do grupo do Diário do Povo, o órgão oficial do PCC, escreveu um editorial intitulado: "Trump, por favor ouve bem: [o princípio] 'Uma só China' não é negociável".

"A China tem de lançar uma dura batalha contra ele", afirmou o jornal.

"Só quando ele encontrar obstáculos, e entender que a China e o resto do mundo não estão dispostos a ser coagidos, é que ganhará alguma clareza", acrescentou.

Em diplomacia, Trump é "tão ignorante como uma criança", concluiu o Global Times.
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