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CEO do Goldman Sachs compara Trump a eclipse

"Espero que a lua não tenha sido a única a projectar uma sombra ao longo do país. Passámos por uma [sombra], passaremos pela outra," escreveu o líder do banco, que já noutras ocasiões usou o Twitter para ironizar as promessas de Trump.

2 – Lloyd Blankfein. O CEO do Goldman Sachs obteve um rendimento de 23,4 milhões de dólares em 2015, abaixo do obtido no ano anterior, o que lhe custou o primeiro lugar que ocupou nos últimos dois anos.
reuters, bloomberg
21 de Agosto de 2017 às 23:55
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O presidente executivo do Goldman Sachs aproveitou o eclipse solar total desta segunda-feira, 21 de Agosto - que pela primeira vez em quase um século foi visível de costa a costa dos EUA - para aludir aos últimos momentos atravessados pelo país.

"Espero que a lua não tenha sido a única a projectar uma sombra ao longo do país. Passámos por uma [sombra], passaremos pela outra," escreveu Lloyd Blankfein (na foto) no Twitter, no que o Financial Times diz ser uma mensagem velada com um destinatário: Donald Trump. 
Instado a explicar o que queria dizer com esta mensagem, um porta-voz de Blankfein afirmou que o "tweet fala por si."

O jornal britânico recorda que Blankfein tem sido um crítico de Trump - em Junho censurou a decisão tomada pelo presidente de desvincular os EUA do Acordo de Paris para o clima, considerando que seria um "percalço para o ambiente e para a liderança dos EUA no mundo."

Uma semana depois, num tom bem mais irónico - e numa altura em que o chefe de Estado tentava impor a agenda de promessas feitas durante as eleições mas ainda longe da concretização - o CEO do Goldman perguntava: "Acabei de aterrar da China, a tentar actualizar-me... Como é que correu a 'semana das infra-estruturas'," referindo-se, em tom jocoso, aos dias em que Trump tentou passar a mensagem de investimento na construção e modernização de grandes obras. 

Há sete meses no cargo, três das principais propostas de Trump tardam em concretizar-se, nomeadamente a promessa de maior transformação feita nos últimos anos na moldura fiscal, o investimento maciço em infra-estruturas e a revogação e substituição do pacote de cuidados de saúde conhecido por Obamacare.

Vários presidentes executivos de grandes multinacionais norte-americanas distanciaram-se na semana passada de Trump e das suas declarações, em que atribuiu iguais responsabilizades a supremacistas brancos e contra-manifestantes pela violência e confrontos em Charlottesville que causaram um morto e dezenas de feridos.

A demissão desses responsáveis de dois órgãos de aconselhamento empresarial criados por Trump no arranque do mandato acabariam por levar o presidente dissolver ambos os conselhos.
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