Notícia
Argentina aumenta tarifas eléctricas entre 60% e 148%
O Financial Times refere que os aumentos significam a descontinuação dos subsídios "populistas" implementados pelo governo de Cristina Kirchner, que distorciam o mercado.
O Governo argentino anunciou aumentos das tarifas eléctricas aplicáveis aos clientes de duas empresas de fornecimento – a Edenor e a Edesur, que prestam serviço em Buenos Aires e na área suburbana da capital – que oscilam entre os 60% e os 148%.
As alterações serão aplicadas em Fevereiro e Março, começando nos 60% para habitações com consumo até 150 kw/mês (um terço do total), aumentando depois de acordo com o consumo ao longo de quatro escalões. O último, para consumos superiores aos 600 kw/mês (5% dos clientes), verá as tarifas a crescer 148%.
Com as alterações, 83% das casas passarão a pagar mais 183 pesos argentinos (cerca de 10 euros) por mês.Também a tarifa social registou aumentos de 35%, enquanto as empresas terão aumentos entre 60 e 80%, avança o jornal Clarín, citando o ministro da Energia, Juan José Aranguren.
De acordo com o Governo de Mauricio Macri (na foto) os aumentos não impedirão o alcance da meta de 4,2% para o défice no fim do ano nem o aumento da inflação acima dos 17%. O Financial Times refere que os aumentos significam a descontinuação dos subsídios "populistas" implementados pelo governo de Cristina Kirchner, que distorciam o mercado.
Além do aumento nos próximos dois meses, as tarifas voltarão a ser elevadas em Novembro (mais 19%) e em Fevereiro do próximo ano (17%), passando a partir de então a ser indexadas à evolução da inflação.